Caminhada em Porto Alegre antecipa Dia Nacional de Prevenção da Obesidade
Quase 10 mil cirurgias bariátricas são realizadas no Rio Grande do Sul
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Bianca explicou que o objetivo da inciativa é a prevenção da obesidade e acompanhar quem realizou a operação de redução do estômago, buscando a manutenção da qualidade de vida após o procedimento. “A importância do combate à obesidade não é por motivo estético, mas uma questão de saúde”, afirmou, citando como exemplo que 60% dos casos de câncer têm relação com obesidade.
A presidente da Gabsul entende que o maior desafio de quem foi submetido à cirurgia bariátrica é a mudança do hábito alimentar. “Se opera a barriga e não a cabeça”, sintetizou, acrescentando que a incorporação da atividade física também deve ser feita junto com a reeducação alimentar. “É muito difícil”, admitiu, referindo-se à mudança de comportamento. Ele destacou que a entidade nasceu há quatro anos justamente para dar gratuitamente apoio psicológico e orientação de atividade física e nutricional aos operados bariátricos. “Quem sente-se desamparados é acolhido”, assegurou.
Bianca Tessele destacou as dificuldades no acompanhamento do protocolo pós-operatório. “Tem alguém que está aguardando há nove meses depois da cirurgia uma segunda consulta com a nutricionista. Nove meses pós-bariátrico são 50 quilos a menos”, lembrou.
A presidente da entidade reconheceu também que os próprios pacientes abandonam o acompanhamento. “Ele também é fujão. É preciso bastante apoio no pós-operatório. Os problemas que ocorrem é após a cirurgia. Os óbitos que acontecem quatro a cinco anos depois, por que faltou acompanhamento e tratamento contínuo. É esse o maior risco”, alertou. Em torno de 65% dos pacientes bariátrico, recordou, tem recaída e voltam ao peso original, ficando obesos com novos problemas.