Caminhada em Porto Alegre antecipa Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

Caminhada em Porto Alegre antecipa Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

Quase 10 mil cirurgias bariátricas são realizadas no Rio Grande do Sul

Correio do Povo

Caminhada em Porto Alegre antecipa Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

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A 2ª Caminhada de Porto Alegre em Combate à Obesidade, antecipando o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade nesta terça-feira, foi realizada na manhã deste domingo na Redenção, em Porto Alegre. O evento, organizado pela Associação Brasileira de Apoio ao Operado Bariátrico (Gabsul), integra o projeto Desobesa Brasil que promove ações voltadas ao atendimento de pessoas com sobrepeso e quem submeteu-se à cirurgia bariátrica. “No Brasil são em torno de 100 mil cirurgias bariátricas por ano. No Rio Grande do Sul, entre 8 mil a 10 mil”, assinalou a presidente da entidade, Bianca Tessele.

Bianca explicou que o objetivo da inciativa é a prevenção da obesidade e acompanhar quem realizou a operação de redução do estômago, buscando a manutenção da qualidade de vida após o procedimento. “A importância do combate à obesidade não é por motivo estético, mas uma questão de saúde”, afirmou, citando como exemplo que 60% dos casos de câncer têm relação com obesidade.

A presidente da Gabsul entende que o maior desafio de quem foi submetido à cirurgia bariátrica é a mudança do hábito alimentar. “Se opera a barriga e não a cabeça”, sintetizou, acrescentando que a incorporação da atividade física também deve ser feita junto com a reeducação alimentar. “É muito difícil”, admitiu, referindo-se à mudança de comportamento. Ele destacou que a entidade nasceu há quatro anos justamente para dar gratuitamente apoio psicológico e orientação de atividade física e nutricional aos operados bariátricos. “Quem sente-se desamparados é acolhido”, assegurou.

Bianca Tessele destacou as dificuldades no acompanhamento do protocolo pós-operatório. “Tem alguém que está aguardando há nove meses depois da cirurgia uma segunda consulta com a nutricionista. Nove meses pós-bariátrico são 50 quilos a menos”, lembrou.

A presidente da entidade reconheceu também que os próprios pacientes abandonam o acompanhamento. “Ele também é fujão. É preciso bastante apoio no pós-operatório. Os problemas que ocorrem é após a cirurgia. Os óbitos que acontecem quatro a cinco anos depois, por que faltou acompanhamento e tratamento contínuo. É esse o maior risco”, alertou. Em torno de 65% dos pacientes bariátrico, recordou, tem recaída e voltam ao peso original, ficando obesos com novos problemas.

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