Campanha alerta sobre os perigos de usar óculos falsificados

Campanha alerta sobre os perigos de usar óculos falsificados

"Saúde dos Olhos" terá anúncios em mídias digitais, cartazes no comércio e adesivos transporte público

Cláudio Isaías

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Uma campanha para alertar a população contra o uso de óculos falsificados foi lançada nesta segunda-feira pelo Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Fotográfico e Cinematográfico do Rio Grande do Sul (Sindióptica/RS) em parceria com o Procon Porto Alegre. A iniciativa "Saúde dos Olhos" terá anúncios nas mídias digitais, em estabelecimentos comerciais e também na frota de ônibus da Capital. Em uma primeira etapa, serão adesivados 95 ônibus na parte traseira.

Além disso, cartazes para alertar os consumidores estarão fixados em lojas e estabelecimentos ópticos, bem como repartições públicas municipais. O presidente do Sindióptica/RS, André Roncatto, afirmou que o objetivo da campanha é conscientizar a sociedade gaúcha a não comprar produtos sem procedência, pois, além de prejudicar a saúde, financia o crime organizado, a evasão de divisas e crimes financeiros.

"O consumidor precisa compreender que quando ela investe em produtos falsificados e pirateados ela está trazendo riscos a sua saúde", ressaltou. Segundo Roncatto, a crescente comercialização de lentes, armações e óculos falsificados já atinge níveis alarmantes em Porto Alegre. "Neste momento, é preciso conscientizar o consumidor que óculos falsificados podem causar riscos cumulativos e irreversíveis, podendo levar até a cegueira”, destacou.

O uso de óculos falsificados expõe a saúde dos olhos a diversos riscos. No caso dos óculos de sol, além de não protegerem os olhos contra os raios ultravioletas, as lentes fazem com que as pupilas fiquem dilatadas como acontecem no ambiente escuro, o que potencializa os efeitos nocivos da radiação nos olhos, tais como a queima de retina, desenvolvimento de pterígio, degeneração macular, além de estimular a catarata precoce.

Já os óculos de grau falsos com lentes igualmente irregulares, que apresentam variações de graus e eixos, segundo o Sindióptica/RS, podem gerar prismas e alterações visuais que levam a lesões, dores de cabeça e náuseas. Desta forma, em vez de corrigir a visão, estas lentes prejudicam a saúde visual.

Os óculos estão em quinto lugar entre os produtos mais comercializados ilegalmente em Porto Alegre, com 62% para venda de óculos de sol, movimentando volumes não contabilizados pela Receita Federal, tipificado também como contrabando. A diretora executiva do Procon, Sophia Martini Vial, afirmou que a população também é responsável por não incentivar a pirataria.

"Também faz parte das relações de consumo saudável que o consumidor assuma a responsabilidade por não adquirir produtos falsificados. No caso dos óculos, a questão é de saúde, o que deve ser informado à população como está sendo feito nesta campanha”.

Conforme Sophia Vial, a campanha tem primeira fase a conscientização da população. "Comprar um óculos falsificado pode levar a cegueira assim como outros problemas que podem ocorrer na saúde dos olhos", explicou. O Procon Porto Alegre vai mostrar à população como ela pode identificar os produtos falsificados e porque ela não deve adquirir. "Réplicas ou ‘Segunda linha’ nada mais são do que produtos falsificados. Camelôs não comercializam óculos de marcas famosas", acrescentou.

O correto, segundo a diretora executiva do Procon Porto Alegre é adquirir os óculos em um estabelecimento devidamente licenciado pela Vigilância Sanitária, com técnico óptico responsável.


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