Campanha busca diminuir uso de sacolas plásticas no varejo do Estado
Meta é reduzir número em 300 milhões, o correspondente a 20% do total
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Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, a medida se torna importante uma vez que a geração de lixo cresceu, impulsionado pela modernidade e o aumento de consumo. Por isso, é fundamental que o consumidor tenha uma postura responsável em relação ao assunto.
“Temos que envolver todos os segmentos para conseguir estimular essa redução, não de maneira agressiva, mas consciente”, explicou, lembrando que do volume total de sacolas plásticas que saem do supermercado, 66% não estão totalmente preenchidas e, além disso, 13% dos consumidores pegam sacolas extras. “A parceria visa mudar essa postura”, disse o presidente.
Longo lembrou que uma pesquisa do Instituto Segmento apontou que 81% dos gaúchos eram contrários ao fim imediato das sacolas plásticas nos estabelecimentos. “Respeitando a manifestação dos usuários, buscamos estimular o uso consciente e racional, promovendo a redução gradativa da utilização desse tipo de material”, falou.
Segundo a Agas, os supermercados gaúchos destinam R$ 190 milhões para a aquisição de 1,5 bilhão de sacolas plásticas por ano. Se elas forem abolidas dos supermercados, devem representar um custo de R$ 15 mensais para os consumidores na compra de sacos de lixo, já que a maioria faz esse uso dos produtos.
Para a coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor do Ministério Público, Temis Linberger, a sacola plástica é apenas o início de um processo maior sobre descarte e utilização correta de bens e produtos. “É preciso estimular a lógica da reutilização e melhor aproveitamento dos recursos”, afirmou.
O vice-presidente da Fecomércio-RS, João Francisco Micelli, destacou que mais uma vez o Estado dá exemplo em ações de sustentabilidade e na promoção do debate conjunto, envolvendo todos os segmentos da sociedade. Assim, a medida também será levada para o comércio gaúcho, por meio do estímulo à classe empresarial.
De acordo com a presidente da Associação das Donas de Casa e Consumidores do Rio Grande do Sul, Edy Maria Mussoi, a base desse projeto é a educação. “As pessoas precisam compreender que é possível utilizar de maneira mais racional as sacolas plásticas. Um exemplo é ao invés de se consumir dez sacolas, tentar usar apenas cinco ou trocar as plásticas pelas que são feitas de produtos mais resistentes e duradouras ou caixas de papelão”, destacou.