Campanha incentiva gaúchos a adotar crianças mais velhas, com doenças ou grupos de irmãos

Campanha incentiva gaúchos a adotar crianças mais velhas, com doenças ou grupos de irmãos

No Rio Grande do Sul, há 600 menores aptos a serem adotados e 5,2 mil pretendentes

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Campanha incentiva gaúchos a adotar crianças mais velhas, com doenças ou grupos de irmãos

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O Tribunal de Justiça (TJ) do Rio Grande do Sul lançará na tarde desta sexta-feira a campanha intitulada "Deixa o amor te surpreender", que incentiva a adoção e especialmente a flexibilização do perfil procurado pelos candidatos a adotantes. A solenidade ocorrerá a partir das 16h, no miniauditório do Foro Centra II, em Porto Alegre. 

Em entrevista à Rádio Guaíba, a juíza e coordenadora do Juizado da Infância e da Juventude do TJ, Andréa Rezende Russo, explicou que a iniciativa pretende facilitar o encaminhamento de crianças mais velhas, com doenças e que façam parte de um grupo de irmãos. Atualmente no Estado, há 600 menores prontos para a adoção e 5,2 mil candidatos. 

"É bom esclarecer que essas crianças estão aptas, e quem tiver o desejo de adotá-las vai participar de um processo muito rápido. O que demora mais é o tempo para que a criança ou o adolescente fique disponível porque tem toda a parte de destituição do poder dos pais que, por vezes, não querem que o menor fique para adoção. A campanha foca justamente nos casos em que essa situação já está consolidada", explicou Andréa. 

A juíza relatou que o TJ tem obtido sucesso em alguns casos de flexibilização do perfil de adoção. "A gente entende quando as pessoas desejam pegar (sic) uma criança pequena, passar valores, porque têm aquele temor de conviver com uma mais velha, que já tem inclusive uma história de vida. Eu compreendo esse receio. No caso de irmãos, a lei prevê que só em situações excepcionais é possível separar", acrescentou. 

Detalhes da campanha 

Andréa afirmou que a campanha do TJ tem o objetivo de chamar os pretendentes para conversar sobre as crianças e adolescentes que estão disponíveis e verificar a possibilidade de flexibilização do perfil. "Já temos um projeto em fase inicial que quer trazer os candidatos cadastrados para perto do Judiciário. Queremos dar mais informações e mostrar a realidade. Muitos que fazem a escolha de adotar se ressentem de uma aproximação conosco", completou.  

A primeira etapa da ação foi lançada, em junho, para o público interno, com foco nos juízes da Infância e Juventude e suas equipes. Seminários com candidatos a pais adotivos vão esclarecer dúvidas sobre os aspectos jurídicos e técnicos da matéria e possibilitarão a troca de experiência sobre a adoção tardia.

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