Carroceiros promoverão boicote a cadastro da prefeitura da Capital neste sábado

Carroceiros promoverão boicote a cadastro da prefeitura da Capital neste sábado

DMLU garante que a renda de cada catador será superior a R$ 600

Rádio Guaíba

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Começa neste sábado, nas ilhas do Guaíba, o cadastro de carroceiros para a inclusão em projetos da prefeitura de Porto Alegre. Mas, conforme o presidente da Associação dos Carroceiros da Capital, Teófilo Júnior, nenhum deles irá se cadastrar. Eles são contrários à listagem dos profissionais sem que sejam apresentados formalmente os programas oferecidos. “Eles que inventaram a lei, agora eles que mostrem os programas que querem que a gente faça parte”, explica. 

Estima-se que haja 5 mil catadores em Porto Alegre, mas desde o início do governo José Fogaça não são realizados novos emplacamentos. Em razão disso, é possível que o número seja quase o dobro do esperado. A intenção da prefeitura é tentar encaixar os profissionais em uma das 16 associações de recicladores da Capital, além de outros programas, como o de criação de peixes nas ilhas, plantio de árvores nativas ou cursos técnicos profissionalizantes.

Existe, porém, uma rejeição por parte dos carroceiros em entrar nas associações porque, deixando a informalidade, é necessário se adequar às regras, como os horários e a divisão de lucros. O diretor de projetos sociais do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Jairo Armando dos Santos, garante que cada um irá ganhar, no mínimo, R$ 600 por mês. “Enquanto eles vendem o quilo de papelão a R$ 0,05, as associações conseguem preços maiores, de até R$ 0,08, explica.

Esse é o início do processo de retirada dos carroceiros. Pela lei, sancionada em setembro de 2008, e impulsionada pela aprovação de duas emendas nesta semana, que liberam R$ 20 mil para iniciar a implantação da lei e R$ 60 mil para a construção de um lar para os cavalos, as carroças devem sumir das ruas de Porto Alegre em oito anos.

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