Carroceiros protestam contra lei que determina retirada de veículos de tração animal das ruas
Manifestação ocorreu na avenida Sertório na manhã desta segunda-feira
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Um dos carroceiros, Reginaldo Azevedo da Silveira, de 30 anos, é morador da Vila Nazaré e utiliza sua égua há 12 anos para realizar serviços de jardinagem, poda de árvores e limpeza de pátios. “Esse é o meu trabalho. Eu tenho três filhos e preciso sustentá-los. Esse é o meu ganha pão e meu animal está bem cuidado”, explicou Reginaldo.
De acordo com ele, existem muitos carroceiros na Vila Nazaré que dependem disto para trabalhar. “Eu acho que eles não têm que tirar as carroças das ruas. Eu não sei ler, nem escrever. Com o que vou trabalhar?”, indagou Reginaldo.
Ele diz que não se importa de pagar algum imposto anual e também poderia trabalhar somente em horários determinados pela prefeitura, mas sem a carroça não pode ficar. “Domingo pretendemos nos reunir novamente e organizar uma caminhada até a Prefeitura”, relatou Reginaldo.
Prazo prorrogado
No dia 25 de agosto os vereadores de Porto Alegre aprovaram o projeto de lei que prorroga, em seis meses, o prazo para a proibição total de circulação dos veículos de tração humana. Segundo o vereador Marcelo Sgarbossa (PT), autor da proposta, a medida busca garantir mais tempo para que o Executivo municipal cumpra com o que determina a lei 10.531, que institui o Programa de Redução Gradativa do Número de Veículos de Tração Animal (VTAs) e de Veículos de Tração Humana (VTHs) no município.