Carteiros realizam protesto contra privatização

Carteiros realizam protesto contra privatização

Categoria reclama do contrato milionário firmado pelos Correios no patrocínio com as Olimpíadas

Heron Vidal

Carteiros realizam protesto no Centro de Porto Algre

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Na Esquina Democrática em Porto Alegre trabalhadores dos Correios protestaram na noite desta sexta-feira contra a política de enfraquecimento da empresa estatal. Com faixas de protesto, a categoria lamentou o contrato de R$ 300 milhões firmado pelos Correios no patrocínio da Olimpíada. “É estranho: há dinheiro para investir em jogos e atletas, mas não há dinheiro para investir nos carteiros”, lamentou o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do RS (Sintect-RS), Yuri Aguiar.

Segundo os manifestantes, a empresa desde 2011 não realiza concurso para a contratação de servidores. No mesmo período de tempo o Correios tem adotado as terceirizações como política. “Todos sabemos qual é o interesse do governo com o Correios: enxugar a empresa, que é rentável e lucrativa, apesar do desmonte feito pelo governo, para o posterior repasse aos concorrentes setor privado, sob a alegação de redução de gastos públicos."

No Estado, conforme Aguiar, a situação é grave. Faltam carteiros e o trabalho se transformou em profissão de risco. Na Região Metropolitana e em Porto Alegre os carteiros são alvos de assaltantes interessados no roubo de cartões de banco e talões de cheque, principalmente.

A manifestação de hoje fez parte de uma ação promovida em todo o país. Os protestos estavam dentro de uma agenda programada para acontecer nas capitais. A sexta-feira integrou o calendário dos servidores dos Correios, como dia nacional de mobilização e lutas.

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