“Chance de acontecer é mínima” diz diretor do Dmae sobre grandes crateras no asfalto de Porto Alegre

“Chance de acontecer é mínima” diz diretor do Dmae sobre grandes crateras no asfalto de Porto Alegre

Situações como a que ocorreram na avenida Loureiro da Silva se devem por um motivo pontual

Correio do Povo

Buraco na via se formou no dia 3 de agosto

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O diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Alexandre Garcia, afirmou que o problema que ocasionou a formação de uma cratera em plena avenida Loureiro da Silva, no Centro de Porto Alegre, foi pontual e tem poucas chances de repetir na cidade. Ele explica que buracos desta proporção costumam acontecer em regiões com placas de concreto sob o asfalto. “Não tem histórico de pavimentos deste tipo em outras áreas da cidade. A chance de acontecer é mínima”, frisou.

Garcia relata que o asfalto, por ser um pavimento flexível, cede quando a terra é tirada de baixo da estrutura. O mesmo acontece se o piso é feito de pedras, que se soltam e formam buracos, mas não da forma que aconteceu na Loureiro da Silva. “Por ser área do aterro da antiga perimetral, há ali uma placa de concreto, mais rígida e forte, de 25 centímetros, que ficou sustentando tudo aquilo no ar”, salienta. Tubulações antigas e precárias, como a identificada na via, existem, e que se deterioram à medida que as chuvas puxam a areia em volta provocando a queda do asfalto. “Se não houver placas de concreto, somente o asfalto, dá o problema e logo afunda. Poderia ocorrer em locais como perimetrais e corredores de ônibus, mas são pavimentos mais fortes”, explica.

Era a madrugada de quarta-feira quando o asfalto cedeu e um buraco se abriu no local. “Eu estive pessoalmente dois dias antes do ocorrido, com a nossa equipe, e identificamos uma pequena depressão no pavimento e demarcamos o trecho. O trânsito já não estava passando por ali, apenas pelo lado”, afirmou. A intenção do Dmae, segundo Garcia, era programar um reparo já para aquele final de semana, mas o infortúnio se antecipou. “Não temos como saber o que acontece embaixo da terra sem antes abrir para ver, mas já havíamos detectado o problema. Só não sabíamos a dimensão”, explica.

Tubulação antiga

A “cidade subterrânea”, como costuma dizer o prefeito Sebastião Melo, é “desconhecida em alguns casos”, diz Garcia. “Não esperamos problemas deste tamanho. Mas sabemos que esta tubulação é anterior à construção da própria Loureiro da Silva”, lembra o diretor-geral. Os tubos no local onde a cratera se formou passa por reparos realizados pelo Dmae que deverão se estender durante o mês de setembro.


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