Ciclistas protestam em audiência de bancário
Ricardo Neis é ouvido hoje no Foro Central de Porto Alegre
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Para a acadêmica de Ciências Sociais Renata Signoretti, apesar de transcorridos quase dez meses, o atropelamento não sai da memória. “Foi um dia de completa caos que dificilmente será esquecido”, afirmou. Acusado de atropelar os ciclistas, Neis evitou contato com a imprensa. Ele foi até o Foro Central em cadeira de rodas devido a acidente doméstico sofrido em outubro. O filho de Neis, que estava dentro do carro no momento do atropelamento, não foi ouvido pelo juiz Leandro Raul Klipell. Um dos advogados de defesa, Alexandre Luís Maziero, explicou que a tese será a da legítima defesa.
“Vamos pedir ao juiz a reconstituição dos fatos para comprovar que ele foi agredido no início do passeio ciclístico e mais duas vezes durante o trajeto. Além disso, três testemunhas que também sofreram ataques de ciclistas em outras ocasiões vieram voluntariamente prestar depoimento sobre o tipo de ação desse grupo”, declarou Maziero.
Encerrada a fase de depoimentos, o juiz responsável pelo caso irá decidir se Neis vai a júri popular por tentativa de homicídio. A outra possibilidade é o caso ser encaminhado à Vara Criminal por lesões corporais ou ainda o juiz pode decidir pela inocência do réu.
No dia 25 de fevereiro, uma sexta-feira, depois das 19h, cerca de 17 ciclistas foram atingidos por um automóvel Golf, na rua José do Patrocínio, bairro Cidade Baixa, na Capital. Oito deles foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) e liberados algumas horas depois. O motorista fugiu do local. O carro foi encontrado no dia seguinte, no bairro Partenon. Neis se apresentou à Polícia Civil três dias depois, alegando legítima defesa.
Visualizar Ciclistas são atropelados por carro no bairro Cidade Baixa em um mapa maior