Ciclovias ainda são insuficientes em Porto Alegre

Ciclovias ainda são insuficientes em Porto Alegre

Ciclistas disputam espaço com outros veículos e enfrentam má qualidade de pistas

Correio do Povo

Ciclovias ainda são insuficientes em Porto Alegre

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Porto Alegre possui 45 quilômetros de ciclovias implantadas, de acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), trecho bem inferior ao estimado para a cidade no Plano Diretor Cicloviário. Além disso, os ciclistas, que comemoram neste sábado o seu dia mundial, enfrentam outras dificuldades, como a disputa de espaço com os outros veículos e a qualidade de alguns trechos destinados às bicicletas.

Morador da rua Duque de Caxias, no centro de Porto Alegre, o administrador Luís Roberto Campos, que leva a filha Teresa para uma creche na Cidade Baixa de bicicleta, disse que usa todos os dias a ciclovia da avenida Loureiro da Silva. Ele considera a estrutura adequada, mas reclama do acúmulo de água que ocorre em dias de chuva em alguns trechos da via.

Outro usuário das ciclovias, o técnico em informática Marcos Melo, morador do bairro Menino Deus, disse que utiliza com frequência duas ciclovias: das avenidas Ipiranga e Edvaldo Pereira Paiva. Ele acredita que é fundamental que a cidade tenha mais ciclovias para estimular o uso da bicicleta. Além disso, ressalta que pedalar tem três benefícios diretos: faz bem à saúde, ao meio ambiente e diminui os congestionamentos. Além disso, hoje, no Dia Mundial do Ciclista, serão promovidas diversas atividades realizadas pela EPTC, como a distribuição de material educativo das 10h às 11h na avenida Edvaldo Pereira Paiva, a Beira-Rio, nas proximidades da Usina do Gasômetro. Técnicos da empresa vão esclarecer as dúvidas dos ciclistas sobre a necessidade da utilização de equipamentos para uma circulação mais segura, com menos riscos de acidentes.

Júlio Almeida, da Coordenadoria de Educação para a Mobilidade da EPTC, afirma que há incentivo para o uso da bicicleta na Capital. Além das ciclovias, ele destaca que a cidade possui o sistema BikePoa, com 40 estações e 400 bicicletas já disponibilizadas para compartilhamento. Estão em andamento na empresa dois projetos para a construção de duas ciclovias na cidade, uma na avenida Nilo Peçanha, próximo do Campus Unisinos Porto Alegre, e no Ecoville, na zona Norte da cidade.

Um levantamento realizado pela Coordenação de Informações de Trânsito da EPTC, em 2012, quando foi implantado o BikePoa, mostrou que 290 ciclistas sofreram acidentes, contra 163 em 2016. Nos três primeiros meses de 2017, não ocorreram acidentes com vítimas fatais envolvendo ciclistas. No final do ano passado, pesquisas da EPTC na rua Mariante com a avenida Protásio Alves, em dia útil, das 7h às 19h, apontavam um percentual feminino de 20% entre os ciclistas circulantes. Hoje, também em levantamento no mesmo local e horário, o percentual cresceu para 25%.

Ciclovias em Porto Alegre

Ciclovia Ipanema (Ciclovia Ayrton Senna da Silva): 1,2 km de extensão
Ciclovia da Diário de Notícias (Ciclovia Eduardo Schaan): 2 km de extensão
Ciclovia da Restinga: 4,6 km de extensão
Ciclovia José do Patrocínio: 880 metros de extensão
Ciclovia Sete de Setembro (Centro): 585 metros de extensão
Ciclovia da Avenida Adda Mascarenhas: 1,2 km de extensão
Ciclovia da avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira: 1,1 km de extensão
Ciclovia Estrada das Três Meninas: 1,65 Km de extensão
Ciclovia Avenida Chuí: 650 metros de extensão
Ciclofaixa da Icaraí: 1,7 km de extensão
Ciclovia Av. Erico Verissimo: 550 metros de extensão (trecho 1) e trecho 2 com 1,2 km
Ciclovia Av. Silva Só/Mariante: 1,1 km de extensão
Ciclovia Sílvio Delmar Hollembach: 400 metros de extensão
Ciclovia Loureiro da Silva: 1,8 km de extensão
Ciclovia Vasco da Gama/Irmão José Otão: 1,1 km de extensão
Ciclovia General João Telles: 300 metros de extensão
Ciclovia Barros Cassal: 300 metros de extensão

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