Cinco anos após incêndio, escadas do Mercado Público serão restauradas

Cinco anos após incêndio, escadas do Mercado Público serão restauradas

Segundo piso de um dos cartões postais da Capital segue fechado ao público

Cláudio Isaías

Escadas do Mercado Público serão restauradas após cinco anos da tragédia no segundo piso

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No dia 6 de julho de 2013, um incêndio atingiu o segundo andar do Mercado Público de Porto Alegre. A tragédia em um dos cartões postais da Capital completou cinco anos nesta sexta-feira. E o local frequentado por porto-alegrenses e turistas, cinco anos depois, segue fechado ao público. No entanto, a Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc) anunciou um presente para o mais tradicional prédio histórico da cidade: a restauração de duas escadas de acesso localizadas nos quadrantes 3 e 4 (terminal da Praça Parobé e avenida Borges de Medeiros).

Os trabalhos de uma empresa de engenharia contratada pelos permissionários terão início no mês de agosto. No segundo andar, funcionam apenas os banheiros públicos. Já as escadas rolantes seguem estragadas. A 2ª Secretaria da Ascomepc, Adriana Kauer, disse que a recuperação das escadas faz parte do Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) que está sendo executado pela associação que assumiu com o Ministério Público do Rio Grande do Sul a responsabilidade pela restauração do local.

Os 106 permissionários obtiveram uma linha de financiamento de R$ 1,5 milhão junto ao Banrisul para a realização do PPCI, para a elaboração do projeto executivo e para a recuperação das duas escadas. "A nossa missão é reabrir o segundo andar e só poderemos fazer isso com o PPCI", ressaltou. 

Um levantamento da prefeitura de Porto Alegre aponta que mais de 150 mil pessoas circulam diariamente pelo local. "O nosso desafio é reativar as atividades do segundo piso, interrompidas desde o incêndio em 2013", destacou. No segundo andar, antes do incêndio, funcionavam restaurantes, escritórios da coordenação do Mercado Público e uma agência do Banrisul.

"O Mercado Público é um prédio lindo, só que sem as pessoas é somente um prédio bonito. O que faz o Mercado ser vivo e ter alma são as pessoas que passam por aqui e as que trabalham aqui todos os dias", acrescentou Adriana. 



O incêndio

A parte superior do prédio histórico foi destruído pelas chamas e mobilizou os integrantes do Corpo de Bombeiros de diversas guarnições da cidade para combater o fogo. O combate às chamas levou quase duas horas. O fogo consumiu parte do segundo andar do edifício, em especial do quadrante da avenida Júlio de Castilhos.

As investigações da Polícia Civil chegaram a conclusão de que o incêndio foi provocado por uma fritadeira elétrica que ficou ligada na cozinha do restaurante Atlântico, loja 46, localizado no segundo pavimento. No segundo andar, funcionavam sete restaurantes.

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