Cisne Branco traz experiência única em passeio pelas águas do Guaíba

Cisne Branco traz experiência única em passeio pelas águas do Guaíba

Embarcação passou por reforma e tem capacidade de 300 pessoasinformações turísticas

Jessica Hübler

Cisne Branco traz experiência única em passeio pelas águas do Guaíba

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Todos a bordo! Exatamente 100 passageiros, além dos 20 tripulantes, tomaram seus lugares no barco. O dia estava nublado, mas as altas temperaturas ainda permaneciam nos termômetros de Porto Alegre. No Cais do Porto, adquire-se o bilhete que dá início a uma experiência única pelas águas do Guaíba. Existem três maneiras de aproveitar a viagem pelo Cisne Branco, o barco tradicional que navega pelo Guaíba e pelo Delta do Jacuí desde 1978. Diariamente são oferecidos dois passeios com roteiros diferentes: o das 15h, que percorre as ilhas e também mostra a costa do município de Eldorado do Sul, e o das 18h30min, que leva os embarcantes à zona Sul da cidade.

Após as instruções de como utilizar o colete salva-vidas e a apresentação da estrutura do barco, a corda é desamarrada e começa a navegação. Em pouco tempo, já é possível observar Porto Alegre de vários ângulos. A trilha sonora traz músicas que falam sobre a Capital dos gaúchos e as tradições do Estado. Além disso, através de uma locução bilíngue (português e inglês), é possível aprender um pouco mais sobre os vizinhos do Arquipélago e das cidades próximas.

O contador cearense Aldemir Mota, 55 anos, levou a esposa, as filhas, o irmão e a cunhada para passear no barco. A família veio ao Rio Grande do Sul para conhecer Gramado, na Serra. Mota contou que, como já estavam em território gaúcho, resolveram conhecer a Capital. “Quando chegamos ao hotel e perguntamos qual seria o passeio ideal na cidade, logo nos falaram do Cisne Branco”, contou.

Foto: Mauro Schaefer

Embarcação passou por reforma

Prestes a completar dois anos do temporal que marcou uma tragédia na história do Cisne Branco, o barco está repaginado e vive um novo momento. Toda a estrutura da embarcação foi reformada, com ampliação da capacidade de passageiros, que passou de 200 para 300. O aumento foi possível pela modificação do mobiliário e aquisição de equipamentos mais leves.

A chuvarada que virou o barco, algo que nunca havia acontecido, forçou a proprietária Adriane Hilbig a fazer uma reforma geral. A única coisa que não se perdeu foi o casco. Em 29 de janeiro de 2016, o Cisne Branco emborcou. A forte chuva e rajadas de vento não pouparam a embarcação. A Capitania dos Portos foi acionada imediatamente após o ocorrido e a partir daí teve início o processo de resgate do barco que durou 58 dias.

Foto: Mauro Schaefer

A intenção era desvirar o barco em uma semana mas a embarcação foi afundando e ficou ainda mais difícil fazer a retirada, e os procedimentos tiveram que ser repensados. Toda a situação foi supervisionada por um engenheiro naval, pela Capitania dos Portos, Fepam e por demais órgãos de fiscalização.

A restauração foi realizada no município de São Jerônimo. A obra durou 176 dias. O investimento foi de aproximadamente R$ 2,5 milhões, quantia que envolveu desde os trabalhos para desvirar o barco até os acabamentos. Segundo Adriane, todo o processo deu ainda mais ânimo à equipe para retomar as atividades e se reinventar. Foram lançados projetos como o Espaço Cultural Flutuante, que ocorre aos finais de tarde no Cisne Branco, com shows ao vivo. O aniversário de 40 anos da embarcação é em 19 de março e promete muitas novidades.

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