Comércio de rua funciona normalmente no centro de Porto Alegre

Comércio de rua funciona normalmente no centro de Porto Alegre

Bancos amanheceram com piquetes na frente das agências

Cláudio Isaías

Lojas abriram normalmente no Centro Histórico de Porto Alegre

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O comércio de rua funcionou normalmente na manhã desta sexta em Porto Alegre, dia da greve geral convocada pelas centrais sindicais. As lojas localizadas nas ruas Doutor Flores, Voluntários da Pátria e dos Andradas e nas avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho, no Centro Histórico de Porto Alegre, começaram abrir suas portas por volta das 9h. Na rua dos Andradas, os funcionários de uma loja de calçados estranharam o pouco movimento de clientes.

Já os bancos amanheceram com piquetes na frente das agências. O ponto de maior concentração dos manifestantes aconteceu nas ruas Sete de Setembro e Uruguai. Os militantes, ligados ao SindBancários, informavam a população sobre os motivos da paralisação. O protesto ocorreu nas agências do Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banrisul. Mesmo com a manifestação, o atendimento ao público foi realizado nos bancos.    

O secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS), Amarildo Cenci, disse que a Reforma da Previdência é dura com o trabalhador e foi feita sob medida para dificultar que o máximo de pessoas não se aposentem porque impõe uma idade para homens e mulheres como pressuposto e retira originalmente o tempo de contribuição. "Se tem que mudar alguma coisa na Previdência Social que comece com os privilégios de quem se aposenta com altos salários e que se mexa no sistema militar", ressaltou.

Segundo Cenci, o protesto foi contra a proposta de Reforma da Previdência do governo federal apresentada na Câmara do Deputados que propõe a aposentadoria aos 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres, com 40 anos ou mais de contribuição para o benefício integral, o que na opinião do sindicalista, acabam com o direito à aposentadoria.     

As entidades ligadas ao comércio varejista de Porto Alegre se manifestaram sobre a greve geral. Em nota, o Sindilojas Porto Alegre manifestou a sua posição contrária à paralisação. O sindicato afirmou que entende e respeita o direito a manifestações, desde que pacíficas e que não interfiram no direito de ir e vir das pessoas que não queiram aderir.

Para o Sindilojas Porto Alegre, negociações são necessárias, pois existem pontos extremamente importantes que devem ser considerados na Reforma da Previdência. A entidade defende, ainda, que é preciso criar mecanismos justos e eficientes para que seja possível a efetiva recuperação da economia do Brasil. A orientação para os comerciantes de Porto Alegre e de Alvorada foi para que abrissem normalmente.

Já a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre disse que garante seu apoio às reformas legislativas estruturantes para o cenário nacional e, por decorrência, sua contrariedade à paralisação. O documento assinado pelo presidente da  CDL/POA, Alcides Debus, ressalta que a crise econômica precisa ser contida com mecanismos eficientes, sendo a Reforma da Previdência o primeiro de muitos ajustes fundamentais para a retomada do avanço econômico do Estado e do Brasil.

Foto: Alina Souza


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