Com 89,69% de ocupação nas UTIs em Porto Alegre, especialista faz alerta para os próximos 15 dias

Com 89,69% de ocupação nas UTIs em Porto Alegre, especialista faz alerta para os próximos 15 dias

Ricardo Kuchenbecker reforça que é preciso acompanhar se a tendência de estabilização das internações vai se manter nas próximas semanas

Felipe Samuel

Os pacientes suspeitos (35) e confirmados (309) para o novo coronavírus somavam 344 casos, equivalente a 47,05% dos internados

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As internações em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) se mantiveram estáveis e atingiram 89,69% até o início da noite desta quinta-feira, com ocupação de 731 leitos de um total de 833. Os pacientes suspeitos (35) e confirmados (309) para o novo coronavírus somavam 344 casos, equivalente a 47,05% dos internados. Outros 18 pacientes que testaram positivo para doença aguardavam leito de UTI em emergências.

Referências no tratamento da Covid-19, Clínicas (93) e Santa Casa (73) contabilizavam quase metade dos pacientes internados em leitos de UTI suspeitos ou confirmados para a doença. Somadas, as duas instituições atendiam 166 enfermos com a doença. Mesmo assim, por contarem com maior número de leitos da Capital, os hospitais mantinham taxa de ocupação abaixo de 90%. O Clínicas operava com 88,13% da capacidade, enquanto a Santa Casa registrava 86,01%. Moinhos de Vento e Restinga atendiam com capacidade máxima.

Outros hospitais registravam taxas acima de 90%: Instituto de Cardiologia, Nossa Senhora da Conceição, Mãe de Deus, Divina Providência, Pronto Socorro e Independência. Gerente de Risco do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Ricardo Kuchenbecker reforça que é preciso acompanhar se a tendência de estabilização das internações em leitos de UTI vai se manter nas próximas semanas. "Estamos em meio à flexibilização das atividades econômicas, o que aumenta a circulação na Capital, com muitas pessoas da Região Metropolitana. Os próximos 15 dias são duplamente decisivos para ver se a tendência se mantém ou que efeitos vão ter essa liberação econômica", alerta.

Na avaliação do epidemiologista, a taxa deve se manter estável porque o compartimento hospitalar responde mais lentamente, mas reforça que três indicadores são fundamentais para observar todo contexto: tendências de casos, internações e óbitos. Kuchenbecker frisa, no entanto, que ainda é cedo para garantir que há estabilidade nas internações, uma vez que o tempo de observação ainda é insuficiente. "É necessário mais algumas semanas para entender em que patamar essa estabilização vai se dar", destaca.


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