Com baixa demanda, tenda de triagem de Covid-19 do Hospital Conceição será desativada

Com baixa demanda, tenda de triagem de Covid-19 do Hospital Conceição será desativada

Estrutura deixará de atender o público no dia 30 de setembro

Gabriel Guedes

Estrutura deixará de atender o público no dia 30 de setembro

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Depois de seis meses e quatro dias em funcionamento, o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) vai fechar a tenda de triagem de casos de Covid-19. A estrutura, que funciona junto ao prédio da Escola GHC, na avenida Francisco Trein, deixará de atender o público externo no dia 30, às 20 horas, depois de um ato promovido pela instituição, que vai homenagear os profissionais que atuaram no combate à doença.

Até o dia 24, pelo menos 11.419 pessoas foram atendidas no setor provisório. O movimento na manhã desta sexta-feira não lembrava nem um pouco a correria que predominou há poucas semanas. Entretanto, apesar da boa notícia, a pandemia não acabou e o Hospital Nossa Senhora da Conceição vai seguir recebendo pacientes com o novo coronavírus e em estado grave na emergência. Para os casos mais leves, a orientação é procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte e um dos 12 postos de saúde mantidos pelo GHC.

O diretor-presidente do grupo hospitalar, Cláudio Oliveira, lembrou que a tenda iniciou os trabalhos no dia 26 de março, com a meta de separar os fluxos de pacientes com Covid-19 da emergência do Conceição. “Seu maior pico entre junho e julho, média de 140 atendimentos por dia. Em agosto teve uma leve queda. Mas nesta semana foram só 150 atendimentos, uma média de 40 atendimentos por dia. Uma procura maior apenas pelos profissionais do Conceição. Já a demanda espontânea, que é da população em geral, está muito reduzida e só resultou em uma internação”, contabiliza Oliveira.

O coordenador da Escola GHC, Abraão Arús, lembrou do tamanho da transformação que o espaço precisou passar. Isso porque não foi só a instalação tenda, propriamente dita. “Suspendemos aulas, o laboratório de enfermagem se tornou uma sala de estabilização, salas de aula viraram consultórios e o laboratório de nutrição em área de desparamentação. Foi uma reorganização total”, lista. Entretanto, a estrutura ainda seguirá por mais alguns dias a disposição dos funcionários do GHC enquanto o retorno das aulas presenciais ainda aguarda o aval das autoridades. Até lá, as atividades seguem à distância. “É voltar para o mais normal possível", comemora Arús.

O diretor-presidente afirma que a instituição ainda está avaliando a ampliação da retomada as cirurgias eletivas e consultas ambulatoriais, que deveriam ter sido realizadas no período mais crítico da pandemia. De acordo com Oliveira, uma equipe de epidemiologistas do hospital acredita que a tendência de queda nos casos de Covid-19 irá prosseguir, possibilitando esta retomada. "Mas teremos ainda leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) reservados para pacientes com Covid-19", concluiu.

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