Com previsão de movimentar R$ 368 milhões com Natal, movimento aumenta no Centro de Porto Alegre

Com previsão de movimentar R$ 368 milhões com Natal, movimento aumenta no Centro de Porto Alegre

Maior concentração de consumidores estava na rua Voluntários da Pátria

Cláudio Isaías

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Com a previsão de movimentar R$ 368 milhões com a venda de presentes de Natal, o movimento de clientes aumentou no Centro Histórico de Porto Alegre. Quem circulou na manhã de hoje nas ruas dos Andradas, Voluntários da Pátria e Doutor Flores teve dificuldade para andar em função de tanta gente nas vias. A presença de clientes no comércio se intensificou nos últimos dias por conta dos decretos municipais que permitiram o acesso dos consumidores aos estabelecimentos desde que obedecidas as regras de segurança contra a Covid-19. A maior concentração de consumidores estava na rua Voluntários da Pátria que por volta das 11h parecia um "formigueiro". 

O decreto da prefeitura estabeleceu regras para o funcionamento das lojas de rua, shoppings center e centros comerciais. Os estabelecimentos devem funcionar com equipes reduzidas e com restrição ao número de clientes concomitantemente, como forma de controle da aglomeração de pessoas. A lotação não poderá exceder a 50% da capacidade máxima prevista no alvará de funcionamento ou de proteção e prevenção contra incêndio. O público fica concentrado nas ofertas e promoções das grandes lojas como C&A, Americanas, Renner, Gaston, Paquetá, Marisa, Magazine Luiza e lojas Colombo.

O Núcleo de Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre entrevistou 350 pessoas, amostra representativa dos consumidores da Capital, para entender como está a intenção de compra para o Natal deste ano. O levantamento revelou que a data deverá injetar R$ 368 milhões no comércio, uma queda de R$ 90 milhões quando comparado ao valor calculado no ano passado. A média de presentes comprados por pessoa, no entanto, deverá ser a mesma indicada em 2019, de 4,4 itens. Mas mais da metade dos consumidores, 57%, pretende reduzir o gasto total com as compras, que desta vez terão ticket médio de aproximadamente R$ 133,00 - R$ 31,00 a menos que o gasto por produto estipulado na pesquisa passada. 

Apesar da crise causada pela pandemia da Covid-19 ter prejudicado boa parte dos negócios, 57% dos empresários ainda acreditam que as vendas de Natal e Ano Novo vão se igualar ou superar às do ano passado. É o que constatou a Boa Vista, parceira de negócios da CDL Porto Alegre, em pesquisa feita com cerca de 600 empresas de todo o Brasil. Segundo o levantamento, houve queda significativa na comparação com o resultado da mesma pesquisa realizada em 2019, quando 82% dos empresários demonstravam o mesmo otimismo.

Na divisão por setores, a Indústria está mais otimista, com 75% de seus representantes ouvidos (versus 59% em 2019). O Comércio veio em seguida, com 50% (65% em 2019), e os otimistas do setor de Serviços são 30% (51% em 2019). Quando o assunto é concessão de crédito para as vendas desse fim de ano, 52% das empresas declaram estar aptas para conceder, enquanto 48% ainda necessitam de apoio para a realizar vendas a prazo.

Entre os três setores, também é clara a baixa intenção de novas contratações para essa época de fim de ano. No setor de Serviços, só 18% devem fazer novas contratações (eram 27% em 2019), número que chega a 38% (24% em 2019) na Indústria e 31% (33% em 2019) no Comércio. A pesquisa também constatou que as vendas de Natal e Ano Novo representam, em média, 9,4% do faturamento anual. Um aumento na comparação com 2019, quando os empresários indicaram que essa mesma média era de 7,9%.

Por conta das restrições impostas pela pandemia, o comércio on-line surge como estratégia adotada pelas empresas para aumentar as vendas. Estimular as compras pelas redes sociais foi a estratégia mais apontada pelos empresários da pesquisa, com 23% das menções. Em seguida, com 18%, criar promoções, e em terceiro lugar, investir em campanhas on-line, com 16%. Em 2019, as principais estratégias utilizadas foram: parcelar o pagamento (54%), conceder descontos (35%) e fazer promoções (11%).
 


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