Comissão da AL defende tarifa única para os ônibus da região Metropolitana

Comissão da AL defende tarifa única para os ônibus da região Metropolitana

Deputado Nelsinho Metalúrgico criticou a qualidade do transporte público

Cláudio Isaias / Correio do Povo

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A Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa realizou nesta quinta-feira uma audiência pública para discutir a transparência na metodologia de cálculo das tarifas do transporte coletivo da região Metropolitana de Porto Alegre. O presidente da comissão, Nelsinho Metalúrgico (PT), afirma que é necessário um outro modelo de transporte, como por exemplo, a adoção de bilhete e tarifas únicos para que os custos que impactam o preço da passagem sejam reduzidos nos 33 municipios da região.

“Eu acredito que dá pra diminuir bastante o preço das passagens. Atualmente, temos um sistema onde as empresas, ao invés de parceria, têm uma concorrência entre elas. Você vê ônibus andando pelos corredores de ônibus de Porto Alegre vazios, vindo de outras cidades, sem poder pegar passageiros. Isso tem um custo enorme na tarifa. Defendemos a redução tarifária. Não temos transparência no processo e a população não sabe por que paga um preço tão caro pela passagem de ônibus”, argumenta.

O encontro contou com a presença do deputado Paulo Odone e de representantes da Agergs, do Daer e do Ministério Público. Segundo Nelsinho Metalúrgico, falta transparência nos cálculos tarifários.

“As planilhas não possuem controle social. Ou seja, os dados são fornecidos pelas próprias empresas operadoras sem que o poder público tenha condições de auditá-los e de verificar a sua efetiva correção”, ressalta.  Conforme o deputado, falta relação entre o preço que o usuário paga e a qualidade do serviço prestado. “São ônibus velhos ou superlotados, sem acessibilidade e os horários não são cumpridos”, acrescenta.

Levantamento da Frente Parlamentar pelo Barateamento e Transparência das Tarifas do Transporte Coletivo, presidida por Nelsinho Metalúrgico, mostra que um trabalhador com salário mínimo compromete 21% da renda com transporte coletivo e a tarifa média é de R$ 3,00 totalizando uma receita diária de R$ 4,7 milhões. Cerca de 1,5 milhão de pessoas utilizam diariamente os ônibus na região Metropolitana.

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