Conclusão da nova ponte do Guaíba depende da remoção das famílias

Conclusão da nova ponte do Guaíba depende da remoção das famílias

Ministros asseguram que não falta recurso para finalização parcial até dezembro

Mauren Xavier

Obras na ponte devem ser finalizadas até dezembro

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Satisfeitos com o andamento das obras da nova do Ponte do Guaíba, em Porto Alegre, os ministros Carlos Marun, da Secretaria de Governo da Presidência da República, e Valter Casimiro, dos Transportes, Portos e Aviação Civil, afirmaram que a conclusão parcial depende apenas da remoção de cerca de 120 famílias, que residem na Ilha Grande dos Marinheiros. Caso esse processo tenha início até novembro, será possível entregar a ponte com funcionalidade (a ligação completa da freeway com a BR 116) até o dia 31 de dezembro deste ano.

“Passados 30 dias da última vistoria, voltamos para acompanhar a execução. A meta é até o final deste ano entregarmos à população essa rodovia com funcionalidade. O recurso está garantido. Mas é um desafio. Enquanto eu não chegar aqui e ver que começou esse reassentamento, saio daqui preocupado”, ressaltou Marun, após sobrevoar as obras e também acompanhar o andamento por água.

Foto: Alina Souza

O impasse envolvendo a remoção das famílias tem sido o calcanhar de Aquiles da obra já há alguns meses, uma vez que o processo já deveria estar concluído, levando em consideração a execução do projeto. Ao todo, são cerca de mil famílias que estão em áreas junto às alças ou na beira de onde passará a rodovia. Mesmo assim, o foco atual do governo é garantir a retirada de 120, para viabilizar a travessia dos veículos. Marun destacou que foi oferecido o modelo de "compra assistida", em que as famílias indicam as residências, dentro da margem de valores, que querem comprar. "É o sistema que mais beneficia aqueles que serão reassentados. É destinado um recurso e as famílias têm a possibilidade de escolher onde querem morar".

Segundo o ministro dos Transportes, a funcionalidade é que a travessia total será possível, porém, algumas alças de acesso não estarão prontas ainda. Atualmente, a obra está cerca de 68% concluída. “É uma obra que está andando numa velocidade extraordinária. Precisamos correr com o reassentamento. O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) junto com a Justiça já agendou a audiência de conciliação para poder negociar a retirada das famílias”, explicou Casimiro.




Em relação aos recursos, assegurou que a obra tem prioridade no governo federal. Além dos cerca de R$ 600 milhões já liberados, a previsão é que sejam necessário mais R$ 100 milhões para dar funcionalidade à rodovia. Desse valor, R$ 50 milhões serão repassados na próxima semana. O projeto inteiro estava estimado em R$ 900 milhões.

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