Corpo de 239ª vítima de incêndio na boate Kiss é sepultado em Santa Maria

Corpo de 239ª vítima de incêndio na boate Kiss é sepultado em Santa Maria

Rodrigo Taugen, 29 anos, trabalhava como segurança da casa noturna

Renato Oliveira / Correio do Povo

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O corpo da 239ª vítima da tragédia n boate Kiss, ocorrida no dia 27 de janeiro, em Santa Maria, foi sepultado no Cemitério Ecumênico do município na manhã desta terça-feira. Rodrigo Taugen, de 29 anos, natural de Júlio de Castilhos, trabalhava como segurança da casa noturna e, durante o incêndio, conseguiu salvar vários jovens que estavam na festa universitária.

O número de pacientes internados devido ao incêndio caiu para 48, de acordo com informações da Secretaria de Saúde do Estado. Segundo dados do boletim emitido pela Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), os pacientes permanecem internados em quatro cidades gaúchas: Porto Alegre, Santa Maria, Canoas e Caxias do Sul. Deste total, 11 ainda utilizam ventilação mecânica para respirar, todos hospitalizados na Capital.

A tragédia

O incêndio na boate Kiss – que fica na Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de janeiro. O público jovem participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado na forração da casa noturna.

As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Testemunhas relataram que, a princípio, parecia uma briga e os seguranças fizeram um cordão de bloqueio. Mas, quando viram que era um incêndio, liberaram a passagem.

Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram. Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimãos usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate.

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