Corpo de Dom Phillips é velado neste domingo em Niterói, no Rio de Janeiro

Corpo de Dom Phillips é velado neste domingo em Niterói, no Rio de Janeiro

Jornalista britânico será cremado neste domingo em cerimônia restrita à família e amigos

R7

Alessandra Sampaio, mulher de Dom Phillips

publicidade

O corpo do jornalista Dom Phillips é velado neste domingo em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. A cerimônia acontece no Cemitério Parque da Colina e é fechada aos familiares e amigos do repórter britânico assassinado em uma expedição no Vale do Javari, no Amazonas, no início do mês. Com uma faixa com a frase "Quem mandou matar Dom e Bruno?", ativistas marcam presença do lado de fora do cemitério e pedem que o caso continue sendo apurado pela polícia.

Domonique Davies e Rhiannon Davies, sobrinhas do jornalista, assinam neste domingo um texto no jornal The Guardian, ao qual Dom era colaborador, em que compartilham as memórias que construíram com o tio. "As melhores lembranças que poderíamos passar são as que ele compartilhou conosco através de seus e-mails regulares sobre sua vida no Brasil", escreveram. Dom morava em Salvador, na Bahia, e fazia reportagens sobre o Brasil havia 15 anos.

Na sexta-feira, o corpo de Bruno Pereira foi cremado no Grande Recife, em Pernambuco, em uma cerimônia marcada por homenagens de grupos indígenas e pedidos por justiça. Os corpos foram entregues às famílias na quinta, após a Polícia Federal comprovar que os restos mortais encontrados na região do desaparecimento da dupla eram mesmo de Bruno e Dom.

Segundo a perícia, Pereira foi morto com dois tiros na região abdominal e torácica e um na cabeça, enquanto Dom levou um tiro no abdômen. A munição usada nos assassinatos é típica de caça. 

Até o momento, quatro pessoas suspeitas de participação no crime foram presas. Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou ter cometido o crime e indicou o local onde os corpos haviam sido enterrados. O irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, também foi preso.

No dia 18, Jefferson da Silva Lima foi preso em Atalaia do Norte e, segundo depoimento, confessou que ajudou a fazer a ocultação dos corpos. Cinco dias depois, no dia 23, Gabriel Pereira Dantas se entregou à polícia em São Paulo. Ele disse à polícia que pilotou a canoa que Amarildo usou na execução do crime.

A PF já concluiu que não há mandante nem organização criminosa por trás das mortes, mas outras cinco pessoas passaram a ser monitoradas pelos investigadores.

O indigenista e o jornalista foram vistos na região pela última vez no dia 5 de junho. Os restos mortais foram encontrados em 15 de junho. No dia seguinte, foram levados para Brasília, onde os corpos foram periciados e identificados pelo Instituto Nacional de Criminalística.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895