Corrida na orla do Guaíba chama atenção para problema do racismo

Corrida na orla do Guaíba chama atenção para problema do racismo

Movimento Vidas Negras Importam recebeu denúncias de negros abordados por seguranças apenas por estarem correndo

André Malinoski

publicidade

Cerca de 80 pessoas participaram da corrida “Don’t Shoot It’s Just Cardio (Não Atire, Estou Apenas Me Exercitando)”, na manhã deste sábado, na Capital. O evento, promovido pelo Movimento Vidas Negras Importam e apoiado por entidades como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS), Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do Rio Grande do Sul (Sintergs) e Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (Adpergs), chamou a atenção para o problema do racismo na sociedade. A Unimed Porto Alegre também apoiou a iniciativa e acompanhou com suporte médico.

A largada ocorreu no Anfiteatro Pôr do Sol e a chegada foi na Fundação Iberê Camargo, após um trajeto de cerca de 4,5 km. “Essa iniciativa é importante para a valorização e o fortalecimento da luta antirracista no RS”, afirmou a presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB/RS, a advogada Karla Meura, 40 anos.

O sociólogo Gilvandro Antunes, 43 anos, do Movimento Vidas Negras Importam, foi um dos organizadores da corrida, que também permitia caminhada e bicicletada. “Recebemos denúncias nos últimos 45 dias de três pessoas que foram abordadas por seguranças privados em três pontos diferentes da cidade apenas por serem negros correndo. O negro está com medo e constrangido de passar por situações assim”, revelou. Ao final, os participantes tiraram uma foto segurando uma faixa com os dizeres: “Vidas negras importam!”.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895