Defesa Civil está em alerta e monitora nível do Guaíba

O nível do Guaíba chegou a 2 metros na madrugada dessa sexta-feira, mas baixou 10 centímetros durante a manhã em Porto Alegre. Mesmo assim, a Prefeitura da Capital está em alerta. Agentes da Defesa Civil seguem monitorando o nível do rio e se ele continuar subindo irão solicitar que as cerca de 500 famílias nas áreas de encosta deixem suas residências. Conforme o coordenador-geral da Defesa Civil, Nelcir Tessaro, já foram até montados pontos de abrigo para a comunidade moradora das ilhas. “Estamos monitorando, quando chega a 2 metros é o ponto crítico”, explicou.  A elevação do nível dependerá do vento. Caso ele sopre para o Sul, a água da Lagoa dos Patos desce para a Região Metropolitana com mais intensidade.

A preocupação com a o Rio dos Sinos e com o Gravataí já não é tão grande. “Eles começaram a baixar e o que vem deles já foi diluído aos poucos e já está na nossa medição”, declarou. O problema agora é com a chuva que caiu na Serra. “A água de lá pode desembocar aqui”, disse. Há um plano permanente de inverno para amparar os moradores que precisam de ajuda. Nas Ilhas das Flores, do Pavão e na dos Marinheiros, havia pontos de alagamento, mas não era em função de algum transbordamento do Guaíba. Contudo, os moradores estavam aflitos, prevendo o aumento do nível.

A dona de casa Eva Falero, 72 anos, disse que não costuma sair de casa quando alaga. “Mas este ano será diferente. O meu marido está doente, com enfisema e não pode ficar na umidade”, declarou. Ela quer instalar uma barraca em um ponto mais alto da Ilha Grande dos Marinheiros para a família ficar mais protegida e, ao mesmo tempo, conseguir cuidar o imóvel, localizado bem na margem do Guaíba. A água já começou a entrar pelos fundos. “Moro aqui há 24 anos e já passei por muitas enchentes”, disse.

Em Eldorado do Sul, também não houve enchente, mas a cidade se prepara para o aumento dos rios. O prefeito Sérgio Munhoz disse que a Defesa Civil está monitorando o Rio Jacuí, que subiu 20 centímetros em menos de 24 horas. “Estamos bastante preocupados e fizemos uma operação para limpar os valos e a rede de drenagem embaixo da ponte do Jacuí”, declarou.