Depoimento de Seco em Candelária dura apenas dois minutos
Maior ladrão de bancos do Estado participou de audiência sobre tentativa de explosão de ponte
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Segundo a acusação, no dia 13 de janeiro daquele ano a quadrilha liderada por Seco pretendia detonar a estrutura para obrigar um carro-forte a parar no local. Os planos foram frustrados por um agricultor, que encontrou as bananas de dinamite pouco antes da passagem do veículo e chamou a polícia.
Em depoimento ao juiz Celso Fagundes, Seco negou participação no caso e afirmou que, na época, estava em Canoas, onde reside a atual companheira. Seco alegou ainda que voltava para casa poucas vezes, apenas para visitar parentes no interior do município. Além desse crime, o ladrão é acusado de ataques a carros-fortes, praças de pedágio e agências bancárias entre 2002 e 2006, no Rio Grande do Sul.
Segurança reforçada
O comboio com carros da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e da Brigada Militar chegou a Candelária por volta das 13h20min. Seco foi levado direto para dentro do Fórum, que estava cercado pela polícia. PMs do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Porto Alegre e do Pelotão de Operações Especiais (POE) de Santa Cruz do Sul reforçaram a segurança. Em frente ao Fórum, uma faixa com a frase "Liberdade ao Seco" chamou a atenção dos curiosos que se aglomeraram para acompanhar a movimentação.
Após o rápido depoimento, Seco deixou o Fórum por volta das 15h, com forte escolta e observado por curiosos. Ao todo, seis pessoas prestaram depoimento no processo sobre a tentativa de explosão da ponte, sendo que Seco foi o último a falar. Depois, a escolta retornou para a Pasc. Equipes da Brigada Militar e da Susepe se concentraram desde a metade da manhã na avenida Pereira Rego, onde se localiza o Fórum. O trânsito ficou restrito nas ruas próximas.
A prisão de Seco ocorreu no dia 13 de abril de 2006, quando ele abastecia o carro em um posto de Paverama, no Vale do Taquari. Seco era considerado o foragido número 1 do Estado. Dias antes, o bandido havia comandado um ataque a um bunker da Proforte, em Santa Cruz do Sul, que resultou na morte de um oficial da Brigada Militar. Na época, foram levados mais de R$ 3 milhões em dinheiro.