Deputado e desembargadora debatem união homoafetiva na Rádio Guaíba
Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Maria Berenice Dias discutiram sobre projeto do governo
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Para o deputado, o STF deu “um péssimo exemplo, votando com pressão popular” ao concordar com a união homoafetiva. Ele também protestou contra o Plano Nacional de Promoção da Cidadania, Direitos Humanos de Lésbicas, Gay, Bissexuais e Transexuais, o qual definiu de “kit gay” e “material pornográfico”. Organizado pela secretaria especial de direitos humanos do governo federal, a proposta é voltada, segundo ele, ao público infanto-juvenil.
Sem poupar críticas, seguiu: “Segundo a Maria do Rosário (Ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República), o MEC e o Ministério da Justiça do PT, o moleque de quatro anos vai ter que entender que é normal ver dois homens se beijando”. Com esse argumento, Bolsonaro relacionou homossexualismo com pedofilia: “É a desconstrução da família”.
Desembargadora diverge
Ao contrário do tom agressivo de Jair Bolsonaro, a desembargadora Maria Berenice Dias argumentou que “ninguém escolhe ser homossexual” e rechaçou a possibilidade do documento do governo incentive o homossexualismo. Para ela, os kits combatem a discriminação na sociedade.
A magistrada defendeu mais leis destinadas aos direitos dos gays e observou: “A casa legislativa tem que fazer lei para todos, não apenas para a maioria”, no que foi retrucada por Bolsonaro, que discordou da posição, alegando ser impossível legislar para todas as pessoas: “A minoria sempre se curva à maioria”.