Em 10 horas, chuva atinge 40% da média histórica do mês em Porto Alegre
Capital registrou diversos pontos de alagamento, quedas de árvores e semáforos desligados
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Mesmo sem o registro de bloqueio total pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), várias ruas tiveram acúmulo de água nas vias e calçadas, dificultando a passagem dos veículos. Alguns desses pontos já são considerados tradicionais, como a rua Dona Teodora e a rua José Pedro Boéssio. Nestes dois pontos os veículos tiveram problemas e alguns chegaram a passar no canteiro central, porque a quantidade de água parada era grande. O mesmo ocorreu no cruzamento da João Pessoa e Sarmento Leite, no centro, junto à reitoria da Ufrgs.
Outro ponto complicado foi no bairro Sarandi na rua Senhor do Bonfim. Alguns carros passavam com água na altura da porta e motociclistas usavam a calçada para conseguir passar. Motoristas precisaram de atenção ainda na rua 18 de Novembro, próximo à Farrapos e no entorno da avenida Ceará, em direção ao aeroporto, onde também havia presença de água acumulada. Quem mais sofreu foi o pedestre, que dificilmente conseguia evitar de se molhar ou ser atingido pelas ondas formadas nas passagens dos carros.
Ao longo das avenidas Sertório e Farrapos, em que ocorriam constantes alagamentos em outros temporais, a situação era um pouco diferente. O acúmulo de água era pontual e normalmente a concentração ocorria após pancadas, mas rapidamente escoava. Segundo o secretário municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, isso é reflexo da melhoria que houve na casa de bombas que atende a região. Em um ano, a capacidade de operação da Casa de Bombas Silvio Brum passou de 45% para 95%. A previsão é atingir a operação máxima até outubro.
Outro problema registrado foram semáforos desligados, o que gerou complicações à circulação dos veículos e engarrafamentos. Segundo a EPTC, foram 16 equipamentos que tiveram alteração no funcionamento. Em função da pista molhada, houve ainda pequenos acidentes de trânsito, como colisões e até um carro que bateu em um poste de sinalização, na avenida Sertório, também deixando o fluxo lento.
Foto: Guilherme Almeida
Árvores
No mínimo duas árvores de grande porte caíram e geraram bloqueio ao trânsito. Na avenida Heitor Vieira, entre as ruas Cecílio Monza e Carlos Flôres, no bairro Belém Novo, o trânsito ficou totalmente bloqueado em função da queda de um vegetal na cia. Equipes da EPTC, Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e CEEE precisaram trabalhar no local para liberar o acesso.
No bairro Bom Jesus, zona Norte, uma árvore de grande porte caiu na rua professor Abílio Azambuja, próximo a rua São Benedito, também atrapalhando o trânsito. Pela sua dimensão, os veículos não conseguiam passar e a entrada de um condomínio ficou praticamente toda bloqueada. Equipes atuavam no local no final da manhã. Além disso, durante a madrugada, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos fez a remoção de galhos e folhas de palmeiras que estavam caídas em vias da região central da Capital.