Em resposta a Butantan, Ministério da Saúde reitera controle total sobre vacinas

Em resposta a Butantan, Ministério da Saúde reitera controle total sobre vacinas

Diretor da pasta disse não poderá delegar ao governo paulista a distribuição das vacinas: "Responsabilidade é do ministério"


R7

Saúde afirmou que não poderá delegar ao governo paulista a distribuição das vacinas.

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O Ministério da Saúde reiterou ao Instituto Butantan a urgência em receber seis milhões de doses da vacina CoronaVac que São Paulo comprou da China e disse não poderá delegar ao governo paulista a distribuição das vacinas. O Butantan tinha questionado qual seria a utilização dessas doses e reforçado a necessidade de uma parte delas ficar em São Paulo.

"Informamos que a responsabilidade pela elaboração, atualização e coordenação do plano nacional de operacionalização da vacinação contra a Covid-19 é do Ministério da Saúde", escreveu o diretor do Departamento de Logísca em Saúde, Roberto Ferreira Dias. "Logo, não podemos delegar a distribuição das vacinas, sobretudo em razão do estado de excepcionalidade que o País atravessa em razão da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus (Covid-19)."

A nota diz ainda que o "contrato firmado entre a União e a Fundação Butantan não prevê a distribuição das doses de vacina a ser realizada diretamente pela Fundação Butantan."

"Por fim, há a necessidade da imediata entrega das 6 milhões de doses para que o cronograma de distribuição das doses não seja compromedo e não ocorra atraso no início da vacinação da população brasileira, sendo ressaltado que todas as etapas da distribuição contará com apoio do Ministério da Defesa."

A primeira carta do Ministério

A negociação entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para o envio imediato de 6 milhões de doses começou com uma carta do diretor Roberto Dias pedindo para Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan no início da tarde desta sexta-feira. 

"Solicitamos os bons présmos para disponibilizar a entrega imediata das 6 milhões de doses importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial perante a Anvisa."

"Ressaltamos a urgência na imediata entrega do quantavo contratado e acima mencionado, tendo em vista que este Ministério precisa fazer o devido loteamento para iniciar a logísca de distribuição para todos os estados da federação de maneira simultânea e equitava, conforme cronograma previsto no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a COVID-19, tão logo seja concedido a autorização pela agência reguladora, cuja decisão está prevista para domingo, dia 17 de janeiro de 2021."

A resposta do Butantan

O Instituto Butantan respondeu dizendo que iria fornecer as doses e solicitou uma quantidade para ser distribuída pelo próprio instituto.

"Informamos, a esse respeito, que estamos providenciando o faturamento da quantidade mencionada das vacinas, com a respectiva emissão da Nota Fiscal. Entregaremos a totalidade das doses requeridas; e solicitamos que V. Senhoria nos informe o quantitativo a ser destinado ao Estado de São Paulo para que o mesmo seja entregue diretamente ao CDL-SES-SP como de praxe para as demais vacinas produzidas pelo Instituto Butantan.

Aguardamos orientação de V. Senhoria quanto ao início da campanha de vacinação, com confirmação de data e horários definidos, considerando que deverá ocorrer simultaneamente em todos os estados do Brasil."


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