Emergências do SUS atendem com restrição em Porto Alegre
Três hospitais registram superlotação: Hospital de Clínicas, Conceição e São Lucas da PUCRS
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O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) concentrava os piores números, com maior superlotação. Na Emergência para adultos havia 146 pessoas para 41 vagas. Na Pediátrica eram 25 internados para nove leitos. Para o chefe do serviço de Emergência da instituição Ricardo Kuchenbecker, a superlotação é o resultado do aumento já esperado da demanda no período, geralmente de 10% a 15%, aliado a grande procura pelo atendimento por pessoas da região Metropolitana e outras regiões do Estado. Essa busca por recursos na Capital, segundo ele, é reflexo da precarização que a Saúde enfrenta desde maio do ano passado. “O sistema está muito próximo do colapso. A falta de repasses fez com que ocorresse o fechamento de leitos e a precarização em todo o atendimento”, afirmou.
Kuchenbecker destacou que os pacientes que procuram os hospitais, geralmente já estão com uma situação crônica, que não pode ser resolvida na Atenção Básica. “São casos que deveriam receber uma atenção especializada, mas que não tiveram acompanhamento e agora comprometem o fígado e o coração”.
No Hospital Conceição havia 140 pacientes, enquanto que a capacidade é para 64 leitos. A restrição também se estendia à Emergência do Hospital Criança Conceição, que estava com 29 pacientes, sendo a capacidade para 14, bem como à UPA Moacyr Scliar, localizada na zona Norte, que estava com alta demanda de pacientes aguardando transferência para leitos hospitalares. A UPA registrou 32 pacientes para 22 leitos de observação.
No Hospital São Lucas da PUCRS havia 33 pacientes internados para 13 leitos. A Emergência infantil, com seis pacientes para quatro leitos, também estava com restrição no atendimento. O Hospital Santa Casa de Misericórdia, que atende pelo SUS através do Hospital Santa Clara, tinha 36 pacientes na Emergência, enquanto existem apenas 24 vagas.
