Encontro discute desafios da Cogeração de Energia

Encontro discute desafios da Cogeração de Energia

Evento ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre

Felipe Faleiro

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Técnicos e representantes de empresas de todo o Brasil participaram, nesta terça-feira, do 2º Evento Cogen Sul, na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. O encontro, promovido pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), e com o apoio da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), discutiu os desafios da prática, responsável por 16% da geração de energia no mundo. 

No Brasil, este índice está em 10,8%, ou seja, abaixo da média global. A cogeração é o uso de um mesmo combustível para gerar mais de um tipo de energia, como térmica e elétrica. “A cogeração com gás natural representa 75% de eficiência energética, mas há casos em que ela chega a 95%. Então você não perde quase nada”, afirma Leonardo Santos Caio Filho, diretor de tecnologia e regulação da Cogen.

Segundo Leonardo, na comparação com as termelétricas, por exemplo, a perda chega a 50%. “A cogeração é muito atrativa na parte técnica, porque você consegue extrair o máximo de produtos”, diz. A Sulgás, por sua vez, afirma que há projetos relacionados à cogeração em andamento, mas existe potencial de ampliação de uso destas tecnologias em todas os segmentos de consumo, como indústrias, comércios e residências, dada sua baixa penetração até o momento na economia.

“Os mercados de gás e energia elétrica conversam entre si. É muito importante discutirmos este tema fundamental de segurança energética e infraestrutura”, afirma Cristiano Rickmann, diretor de Mercado de Grandes Consumidores da Sulgás. O especialista em negócios da empresa Union Rhac, José Eustáquio Marques da Silva, foi o primeiro painelista do evento, e falou sobre as oportunidades futuras relacionadas ao biometano.

“Este material vem para somar aos nossos projetos desenvolvidos. Fizemos diversas leituras ao longo do tempo, no que aprendemos e as dificuldades, e vimos uma boa solução nele”, salientou. Segundo a organização, por volta de 115 pessoas se inscreveram no evento, cuja primeira edição ocorreu em Florianópolis em novembro de 2021, ainda com restrições em razão da pandemia.


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