Ernesto Dornelles participa de campanha para diagnóstico precoce de catarata e glaucoma

Ernesto Dornelles participa de campanha para diagnóstico precoce de catarata e glaucoma

Cerca de 70 idosos realizaram exames de visão neste sábado

Mauren Xavier / Correio do Povo

Ernesto Dornelles participa de campanha para diagnóstico precoce de catarata e glaucoma

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Cerca de 70 idosos realizaram no sábado exames de visão no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre. Além disso, eles receberam informações sobre as principais doenças que atingem os olhos depois dos 60 anos. A ação integrou a Campanha Viver - Porque Ver é Viver, da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo. A mesma ação já foi realizada em outras cinco capitais brasileiras: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza e Salvador.

O objetivo da campanha é permitir o diagnóstico precoce e a prevenção das doenças relacionadas ao envelhecimento, como a cegueira e a catarata. Além disso, foram repassadas informações sobre a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e o glaucoma. Moradora de Bento Gonçalves, Inês Perisoto, de 63 anos, aproveitou a iniciativa para fazer os exames de visão e aprovou o projeto. “É importante manter os cuidados com a saúde para garantir uma vida mais tranquila”, afirmou ela.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, mais de 1,5 milhão de idosos sofrem devido a uma dessas doenças. Segundo o retinólogo do Hospital Ernesto Dornelles, João Borges Fortes Filho, é fundamental esclarecer a população sobre essas doenças diante do aumento da expectativa de vida da população. Ele ressaltou ainda que os problemas de visão devem ter atenção especial porque diminuem a independência dos idosos, por limitar as suas ações.

Entre as enfermidades, ele apontou a DMRI como a que provoca maiores prejuízos à rotina de vida do idoso. Segundo ele, a doença atinge 25% das pessoas com idade entre 70 e 80 anos. O percentual atinge 75% da faixa da população com mais de 80 anos. Além disso, apenas pelo exame preventivo é possível identificar a DMRI ainda nos estágios iniciais, diferente do que ocorre atualmente em que 80% das pessoas apresentam a doença em fase avançada. A doença afeta a visão central, causando dificuldades para ler, dirigir ou cozinhar. A DMRI se manifesta quando o paciente começa a ter a visão com linhas onduladas, distorção de imagens, pontos escuros ou espaço branco na visão central.

Ele explicou que a identificação precoce permite o controle o avanço da doença, além de trazer maior qualidade de vida ao paciente. Fortes Filho lembrou ainda que a catarata é a única doença que provoca a cegueira e que pode ser revertida completamente por meio de cirurgia. No país surgem cerca de 552 mil novos casos da doença. O principal sintoma é quando a pessoa passa a enxergar com pouca nitidez. Outra doença comum nos idosos é o glaucoma, quando há lesão no nervo óptico. Essa enfermidade atinge cerca de 1 milhão de brasileiros, conforme o Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Fortes Filho avaliou ainda que o Brasil conseguiu diminuir consideravelmente os índices de cegueira na última década. Para o retinólogo, a redução ocorreu pela ampliação das campanhas e mutirões de exames oftalmológicos. “Precisamos facilitar o acesso da população aos exames e ao atendimento de saúde”, afirmou ele.

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