Estudo vincula alimentos "ultraprocessados" ao risco de câncer
Câncer de mama em geral apresenta aumento de 2% a 22% nos consumidores
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O estudo publicado na revista médica British Medical Journal (BMJ) concluiu que "o consumo de alimentos ultraprocessados está associado a um risco mais elevado de câncer" em geral (aumento de 6% a 18%), e de câncer de mama (de 2% a 22%). Neste grupo, os cientistas constataram 2.228 casos de câncer, incluindo 108 fatais e 739 especificamente de mama. Os alimentos que representam riscos incluem pães, doces, sobremesas, cereais, bebidas açucaradas, carnes transformadas (almôndegas, "nuggets", presunto com aditivos...), massas e sopas instantâneas, pratos congelados, etc.
Em um editorial, o BMJ destaca que o estudo propõe apenas uma primeira observação, que "merece uma exploração atenta e mais profunda". "O vínculo entre causa e efeito ainda precisa ser demonstrado", afirmou o Instituto Nacional de Saúde e de Pesquisa Médica da França, um dos financiadores do estudo. Outros fatores podem influenciar, segundo o periódico científico, já que, "por exemplo, o tabagismo e uma atividade física frágil estavam muito mais presentes entre os participantes que consumiam uma proporção maior de alimentos ultraprocessados".