Estudos feitos em Porto Alegre com hidroxicloroquina estão sendo finalizados

Estudos feitos em Porto Alegre com hidroxicloroquina estão sendo finalizados

Pesquisadores do Hospital Clínicas e do Hospital Moinhos de Vento na Capital fazem parte da Coalizão COVID Brasil, que analisa o remédio

Jessica Hübler

O Coalizão 1, por exemplo, fará avaliação da eficácia e segurança da hidroxicloroquina em monoterapia

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Diversos estudos estão sendo realizados no Brasil para testar a eficácia e segurança do uso de alternativas no tratamento de pacientes com a Covid-19. A iniciativa Coalizão COVID Brasil está com sete protocolos de pesquisa em andamento, cada um deles é responsável por um teste diferente.

O Coalizão 1, por exemplo, fará avaliação da eficácia e segurança da hidroxicloroquina em monoterapia ou em associação com azitromicina em pacientes hospitalizados com quadros leves a moderados. Este protocolo está em andamento no Hospital de Clínicas e em outros centros de pesquisa.

No Clínicas, de acordo com o autor da pesquisa e chefe do serviço de infectologia do hospital, Eduardo Sprinz, o estudo teve início em abril e as fases de recrutamento dos pacientes, sorteio dos mesmos e aplicação das terapias, já foram finalizadas. "Agora nós estamos na fase de análise dos dados, para saber o que funciona melhor", afirmou Sprinz.

Segundo ele, o resultado da análise é feito de forma independente, justamente para que não haja nenhuma influência dos pesquisadores. "Temos que tabular os dados, espero que esteja tudo pronto em até duas semanas", enfatizou. 

No Hospital Moinhos de Vento, conforme o médico e pesquisador do hospital, e membro do comitê diretivo da Coalizão COVID Brasil, Régis Goulart Rosa os estudos seguem em andamento e temos alguns já em fase final de recrutamento. “Alguns estudos iniciaram recentemente e, por isso, estão em fases mais iniciais. Tudo passa pela avaliação criteriosa dos órgãos reguladores e entidades científicas e tão logo tenhamos os resultados publicados, iremos divulgar as conclusões”, afirmou.

A aliança interinstitucional Coalizão COVID Brasil conta com o apoio do Ministério da Saúde e de laboratórios farmacêuticos como EMS, Ache e Bayer. Ao todo, mais de 3 mil pacientes serão acompanhados pelo projeto por um ano após a alta hospital. Mais de 80 hospitais do país estão envolvidos no recrutamento e nas pesquisas.

Após anunciar que ia suspender testes com hidroxicloroquina, OMS informa retomada

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que deve retomar os testes com hidroxicloroquina, uma semana e meia depois de anunciar que ia suspender os testes com o medicamento. A substância é uma das diversas que vem sendo estudadas como alternativas para tratamento de pacientes com a Covid-19.

A organização havia suspendido os testes com o medicamento, indicado para o tratamento de doenças como a malária e outras doenças autoimunes, por precaução com a segurança do remédio para tratar pacientes com o novo coronavírus.

Desde então, os dados sobre o medicamento foram revistos pela equipe "Testes Solidários" e, "com base nos dados de mortalidade disponíveis, os membros do comitê disseram que não existem razões para modificar o protocolo de testes", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. 

Como ainda não existe um remédio que seja totalmente eficiente no tratamento da doença, a OMS incentiva pesquisas que possam auxiliar na busca por medicamentos que possam ser utilizados nos pacientes com a Covid-19.


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