EUA registra primeira morte por Covid-19 em prisão migratória

EUA registra primeira morte por Covid-19 em prisão migratória

Família da vítima foram informadas do óbito e uma investigação sobre o assunto foi aberta

AFP

Há 705 casos de Covid-19 nos centros de detenção norte-americanos

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Um salvadorenho detido em uma prisão de migratória dos EUA morreu devido ao novo coronavírus, informaram autoridades nesta quinta-feira, na primeira morte ligada a esta doença respiratória relatada nesses centros por ativistas como uma "armadilha mortal" na pandemia.

Carlos Escobar Mejía, 57, foi declarado morto às 2h15 (horário local, 6h15 no Brasil) de quarta-feira em um hospital de National City, a meia hora do Centro de Detenção Otay Mesa, na Califórnia, segundo o Departamento de Imigração e Alfândega (ICE), responsável por essas instalações, em comunicado enviado à AFP. "Ele foi hospitalizado em 24 de abril após apresentar sintomas relacionados ao Covid-19", segundo o texto, no qual se esclarece que "a causa preliminar da morte foi classificada como indeterminada".

Sarah Sweeney, porta-voz da Agência de Saúde do Condado de San Diego, onde fica a Otay Mesa, disse anteriormente que Escobar havia morrido "de complicações do Covid-19". Sua família e as autoridades salvadorenhas foram informadas da morte, disse a polícia de imigração, que abriu uma investigação sobre o assunto.

O ICE indicou que, no momento de sua prisão, em 10 de janeiro, Escobar apresentava hipertensão e relatou que sofria de diabetes, duas condições agravantes do Covid-19. Sua morte é a primeira morte registrada em centros de detenção norte-americanos, onde 705 casos do vírus foram registrados até agora, 132 apenas em Otay Mesa, segundo dados oficiais.

O distanciamento físico é praticamente impossível nesses centros, que têm espaço de apenas 110 m2 para 100 presos, disseram os detidos à AFP.


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