Ex-funcionários do Hospital Porto Alegre realizam pedágio solidário

Ex-funcionários do Hospital Porto Alegre realizam pedágio solidário

Cento e sete foram demitidos em julho e não receberam os direitos rescisórios

Cláudio Isaías

Ex-funcionários do Hospital Porto Alegre fizeram um pedágio solidário nesta quinta-feira

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Um grupo de funcionários demitidos do Hospital Porto Alegre (HPA), com apoio do Sindisaúde/RS, realizou nesta quinta-feira um pedágio solidário. A manifestação ocorreu na rua Sebastião Leão, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, onde a circulação de veículos é grande teve o objetivo de informar a população sobre a demissão de 107 funcionários há um mês. Além de ficarem sem emprego, ainda não receberam os direitos rescisórios. Os funcionários arrecadaram dinheiro para a compra de alimentos para manter a ocupação do hospital que ocorreu em agosto.

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O presidente do Sindisaúde/RS, Arlindo Ritter, disse que os funcionários não têm dinheiro para pagar as suas contas. “As verbas rescisórias não estão sendo pagas e as carteiras de trabalho estão retidas pelo Instituto de Saúde e Educação Vida (ISEV), responsável pela administração do hospital”, ressaltou.

Os funcionários demitidos do Hospital Porto Alegre distribuíram cartas à população explicando a situação e receberam doações e apoio dos motoristas. A recepcionista Daiane Teixeira, que trabalhava há três anos e oito meses no hospital, afirmou que está enfrentando dificuldades financeiras.

“Não recebi nada e tenho compromisso com aluguel. Meus pais estão me ajudando”, lamentou. Já a técnica de enfermagem Tifany Oliveira, que trabalhava há dois anos no HPA, disse que nunca em sua vida profissional tinha passado por uma situação como essa de ter os documentos retidos e a demissão não ter sido homologada. “Preciso dos meus documentos e do encaminhamento do seguro-desemprego”. Tifany, que busca uma nova colocação no mercado de trabalho explicou que vem sendo ajudada pelo marido.

O ISEV apresentou uma proposta aos trabalhadores demitidos e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) de parcelamento em 24 vezes das verbas rescisórias, o que acabou não sendo aceito tanto pelos funcionários quanto pelo MPT.

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