Experiências do RS e de Portugal sobre hidrogênio verde em pauta no Fórum de Energias Renováveis

Experiências do RS e de Portugal sobre hidrogênio verde em pauta no Fórum de Energias Renováveis

Tema das energias renováveis é considerado promissor no Estado

Christian Bueller

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O hidrogênio verde foi tema do terceiro painel do Fórum de Energias Renováveis, promovido pelo Correio do Povo, nesta quinta-feira, no Imed Campus Porto Alegre, bairro Petrópolis. O presidente do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do RS (Sindenergia), Guilherme Sari, foi o moderador para as apresentações dos convidados Joel Maraschin, secretário de Desenvolvimento Econômico do RS (Sedec), e José Ruivo, vice-presidente da empresa Hexastep, que participou de forma virtual direto de Portugal.

O tema das energias renováveis é considerado promissor no Estado, já que há 20 gigawatts em desenvolvimento em onshore (parques eólicos em terra) para essa geração. “No offshore (forças dos ventos obtidas e alto-mar), são mais 40 gigawatts, e lagoas, mais 10 gigawatts”, comentou Saris.

O presidente do Sindenergia lembrou que a Guerra da Ucrânia trouxe uma nova visão de mundo que poderá acelerar o processo de transição no uso de energias renováveis. “Estivemos na Alemanha e na Holanda em uma missão gaúcha e a pauta é importante nestes países, com uma produção ilimitada deste tipo de energia”, pontuou. 

Para Maraschin, não é possível mais pensar no desenvolvimento de um estado sem direcionar esforços para as energias renováveis. “Temos um problema ainda de autossuficiência. Há vários projetos em andamento. A curto prazo temos a usina de regaseificação em Rio Grande, um investimento de R$ 6 bilhões, e que precisamos resolver alguns problemas para levar adiante”, informou.

O secretário do Sedec lembrou que empresas procuram o Estado e escolhem municípios que possam dar garantia da utilização gás. “Uma companhia já está analisando uma quarta cidade, porque as três primeiras não poderiam entregar energia”, contou.

Sobre a viagem feita à Alemanha, mais precisamente na renomada Feira de Hannover, Maraschin viu o avanço na temática do uso de hidrogênio como combustível e no debate da transição energética. “Vi apenas dois postos de gasolina. Em compensação, vi estações de protótipos de hidrogênio bem interessantes”, contou. Para ele, é uma situação que pode ocorrer no Estado no futuro. “A energia renovável é a espinha dorsal do nosso desenvolvimento”, concluiu.

José Ruivo contou a experiência europeia, onde o tema é referência, mas Portugal “ainda corre atrás do prejuízo”. “É importante saber, ao menos, que a energia é uma política comum aos países do continente, que faz fortes investigações sobre o tema. E o hidrogênio é um destes vetores”, contou o empresário português.

O Fórum de Energias Renováveis continua até o final da tarde desta quinta-feira, com uma série de debates sobre o assunto com especialistas divididos em painéis, cada um sobre um tipo de fonte energética.


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