Faltam medicamentos na farmácia do Estado do RS
Pacientes têm ingressado na Justiça para garantir os remédios
publicidade
Moradora de Novo Hamburgo, Vera Lúcia Vogt tem enfrentado essas dificuldades. Diagnosticada há seis anos com a doença, ela enfrenta dificuldades no momento de conseguir os remédios, em função da falta na Farmácia do Estado. “É uma apreensão constante, porque sempre existe a possibilidade de no momento não ter estoque. Assim, a saída é buscar a Justiça”, comentou ela, citando que alguns remédios custam mais de R$ 4 mil por mês. Mesmo recorrendo ao judiciário, essa situação acaba por provocar interrupções no tratamento e o agravamento de sintomas, como falta de ar, cansaço, capacidade de exercício limitada e fadiga. Pela gravidade da doença, Vera chegou a ser aposentada por invalidez há mais de um ano, apesar de ter 54 anos. “É uma situação muito delicada”, afirmou.
O drama vivenciado por Vera é compartilhado por outros pacientes, explicou a presidente da Associação Gaúcha de Hipertensão Arterial Pulmonar (AGHAP), Fábia Barlette. “A situação é preocupante porque a doença é grave e pode ser fatal”, destacou. Além disso, lembrou que quando os pacientes ingressam na Justiça o custo do medicamento é mais elevado para o governo.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirma, por meio de nota, que dois medicamentos citados pela Associação como em falta na Farmácia do Estado estão em processo de licitação. O Bosentana está em processo de nova compra e o Iloprosta também está em tramitação, mas via Central de Licitações do Estado, uma vez que o medicamento não é comercializado no Brasil. Além disso, a SES espera que no mês de novembro haja a entrega do remédio Ambrisentana, que também é utilizada no tratamento da doença.