Familiares de vítimas da Kiss criticam MP por expor militares

Familiares de vítimas da Kiss criticam MP por expor militares

Grupos de apoio avaliaram que seis militares absolvidos não precisavam ser julgados

Eduardo Paganella/Rádio Guaíba

Grupos de apoio avaliaram que seis militares absolvidos não precisavam fazer parte de processo

publicidade

O Movimento Santa Maria do Luto à Luta, que reúne familiares de vítimas do incêndio na boate Kiss, criticou o Ministério Público (MP) após o julgamento militar que terminou com a condenação de dois dos oito réus julgados, nesta quarta-feira. Para Flávio Silva, integrante do grupo, o MP expôs os seis militares absolvidos a uma situação desnecessária.

“O julgamento não começou de forma adequada. O MP acusou e, logo no início do julgamento, retirou a acusação. Na nossa avaliação, houve um erro, que acabou expondo esses bombeiros para a sociedade”, disse Silva. O representante da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Sérgio da Silva, seguiu a mesma linha, e também criticou o MP.

Ele reforçou que os seis réus absolvidos realmente não tiveram culpa. “Os soldados não foram orientados da forma correta. E talvez nem tivessem os equipamentos necessários para realizar os trabalhos. Já o tenente-coronel Fuchs e o capitão Camillo deixaram a coisa acontecer. Não se trata de desconfiar do trabalho dos subordinados, mas de acompanhá-los no processo”, relatou Silva.

Foram condenados o tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs, ex-titular do 4º Comando Regional dos Bombeiros e o capitão Alex da Rocha Camillo. Os soldados Gilson Martins Dias, Marcos Vinícius Lopes Bastide, Vagner Guimarães Coelho, o sargento Renan Severo Berleze e o primeiro tenente da reserva Sérgio Roberto Oliveira de Andrades receberam absolvição, assim como o tenente-coronel da reserva Daniel da Silva Adriano.



Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895