Familiares e amigos se despedem de 240ª vítima em Santana do Livramento

Familiares e amigos se despedem de 240ª vítima em Santana do Livramento

Cortejo acompanhou caixão de jovem, de 25 anos, que morreu 34 dias após a tragédia na boate Kiss

Correio do Povo

Amigos e familiares levaram o caixão do jovem pelas ruas de Santana do Livramento

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Familiares, amigos e conhecidos de Pedro Falcão Pinheiro, a 240ª vítima do incêndio ocorrido na boate Kiss em Santa Maria, acompanharam o sepultamento do corpo do jovem no final da manhã deste domingo em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste do Estado. Aos 25 anos, ele morreu na manhã de sábado no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, após ficar 34 dias internado.

O sepultamento ocorreu no cemitério Parque Vale dos Sinos. Antes, um cortejo e uma cavalgada acompanharam o caixão que transportava o corpo no caminhão do Corpo de Bombeiros. Cerca de mil pessoas estiveram no salão nobre da prefeitura municial, onde o rapaz foi velado. O prefeito Glauber Lima decretou luto oficial. Pedro Falcão Pinheiro era natural de Livramento, mas morava em Santa Maria, onde estudava no Centro Universitário Franciscano (Unifra).

A tragédia

O incêndio na boate Kiss – que fica na Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de janeiro. O público participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado na forração da casa noturna. As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início.
Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram.

Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimãos usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate.

Com informações do repórter Daniel Badra

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