Fogo consome mil hectares da Serra do Tabuleiro em SC e obriga evacuação

Fogo consome mil hectares da Serra do Tabuleiro em SC e obriga evacuação

Defesa Civil, Bombeiros e voluntários trabalham para combater as chamas em Palhoça, que já decretou emergência

Correio do Povo

Moradores foram retirados das suas casas enquanto equipes ainda tentam, sem sucesso, controlar as chamas

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Um incêndio de grandes proporções atinge o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Palhoça, na Grande Florianópolis, desde a manhã de terça-feira. Uma força-tarefa para combater as chamas, montada pela Policia Militar Ambiental (PMA), trabalha sem conseguir controlar o fogo que, segundo dados ainda preliminares, já consumiu mais de 1 mil hectares de mata.

A população que vive nas áreas próximas ao parque foi orientada a procurar abrigo em locais seguros. O alerta foi reforçado pela Defesa Civil, que pediu ainda que não se acenda fogo algum na região já que as condições climáticas tem contribuído para ampliar a área queimada. Conforme o tenente da PMA, Carlos Eduardo Rosa, a dificuldade no trabalho das equipes ocorre devido às chamas muito altas e ao vento forte.

Cerca de 30 policiais ambientais trabalham no local utilizando abafadores na tentativa de diminuir os focos e salvar as casas, muitas delas de madeira. As equipes têm contado com o auxílio dos próprios moradores. “Temos que pegar todo mundo junto porque a situação está bem complicada. Estamos desde as 17h ajudando os bombeiros aqui na região”, explicou o morador Marcos Antonio da Silva à reportagem da RICTV Record.

 

O trabalho de evacuação emergencial é realizado desde a madrugada de quarta-feira. As pessoas retiradas foram alojadas nas casas de parentes. O município de Palhoça decretou estado de emergência na região. Segundo a prefeitura, foram disponibilizados dois caminhões hidrojato e equipes da Secretaria Executiva de Saneamento para ajudar a controlar o fogo. Um helicóptero da equipe área do Corpo de Bombeiros Militar de Florianópolis também está atuando no local.

 

 

Segundo Carlos Cassine, coordenador do parque, a extensão que as chamas atingiram e a dificuldade de acessar os focos de incêndio dificultaram a ação dos Bombeiros. Ele confirma, ainda, a suspeita de que o incêndio seja criminoso. “São muitos focos diferentes, o que indica que não foi algo natural.” Além disso, a velocidade com que o fogo avançou também reforça as suspeitas – foram 6 km em apenas três horas. O uso de combustível ou mangueira de fogo para causar o incêndio está sendo investigado. 

 

Foto: Anderson Pinheiro / Estadão Conteúdo / CP


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