Funcionários bloqueiam entrada do ambulatório no Hospital de Clínicas em Porto Alegre

Funcionários bloqueiam entrada do ambulatório no Hospital de Clínicas em Porto Alegre

Grupo protestava contra proposta de 3,5% de reajuste salarial apresentada pelo sindicato

Cláudio Isaias

Grupo protestava contra proposta de 3,5% de reajuste salarial apresentada pelo sindicato

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Um grupo de funcionários do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) bloqueou nesta quarta-feira a entrada do ambulatório para protestar contra a proposta de 3,5% de reajuste salarial apresentada pelo Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) aos trabalhadores da saúde.

O protesto foi o último das três paralisações de 12 horas realizadas pelos servidores nas últimas semanas. O protesto não prejudicou o atendimento na emergência, que permanece superlotada, e as consultas agendadas. Nesta quinta, a manifestação será na frente do Hospital Fêmina e da UPA Moacyr Scliar, na zona Norte de Porto Alegre. As duas instituições de saúde pertencem ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

O diretor do Sindisaúde/RS, Gilnei Borges, disse que na próxima semana será realizada uma assembleia que poderá decidir por uma greve por tempo indeterminado a partir de setembro. As manifestações tanto no Hospital de Clínicas quanto no GHC fazem parte da campanha salarial dos trabalhadores. Segundo Borges, a proposta de 3,5% oferecido pelo sindicato patronal é um absurdo.

Os servidores pedem que os sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) e dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos (Sindiberf) melhorem as propostas de reajuste salarial. O Sindihospa ofereceu 3,5%. Já o Sindiberf não ofereceu reajuste aos trabalhadores. A campanha unificada dos trabalhadores da saúde fechou uma proposta que corresponde à reposição das perdas do período de 9,91% (INPC) somada a um aumento real de 5,09%, o que totaliza 15%.

A direção do Sindihospa informa que realizou diversas reuniões com representantes de profissionais da saúde. Como resultado dos encontros, a entidade orientou seus representados a anteciparem o reajuste a seus colaboradores em 3,5%, que já está em vigor desde a folha de pagamento do mês de junho. Em função da grave crise financeira enfrentada por hospitais e da falta de repasses municipais, estaduais e federais, há dificuldades para a reposição do INPC em 2016.

O sindicato ressalta que paralisações das categorias profissionais, em um período crítico para as emergências dos hospitais e de crescente procura por atendimento, poderá acarretar prejuízos nos atendimentos à população. As negociações continuam em aberto.

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