Funcionários da Carris participam de audiência no MP nesta sexta
Eles reivindicam a reintegração de cinco colegas demitidos e de outros dois afastados
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Segundo a empresa, os funcionários foram identificados pelas imagens das câmeras de monitoramento localizadas nas garagens. A demissão por justa causa, segundo a empresa, foi baseada em faltas cometidas pelos profissionais, como a obstrução da circulação do transporte coletivo e privação de milhares de usuários de serviço público essencial. Além disso, a Carris disse que os trabalhadores impediram o livre exercício de trabalho das demais colegas, causaram prejuízos financeiros à empresa e se negaram em executar o serviço para o qual foram escalados. Os dois funcionários afastados permanecerão sem remuneração durante o período.
Segundo a Carris, o bloqueio da saída dos ônibus prejudicou 180 mil passageiros e provocou prejuízo de R$ 370 mil. Os portões da garagem foram liberados após a Justiça do Trabalho deferir um interdito proibitório solicitado pela empresa. O comunicado oficial informava ainda que um dos sindicalistas afastado já responde judicialmente pela apresentação de atestado falso para justificativa de falta ao trabalho.
O delegado sindical da Carris, Luis Afonso Martins, considerou as demissões e afastamentos como um gesto de “arrogância” da direção e também de pressão contra os funcionários. Ele afirmou que serão adotadas as medidas judiciais para tentar reverter a decisão. “Foi uma atitude muito grave de desrespeito aos funcionários”, afirmou.
Um dos funcionários demitidos Émerson Barbosa Batista, que atuava há 5 anos na empresa, considerou a demissão como uma ofensa. “A empresa afirmou que nós participamos uma ação criminosa, o que é inadmissível”.