Funcionários do Clínicas e Conceição paralisam atividades por 12 horas

Funcionários do Clínicas e Conceição paralisam atividades por 12 horas

Servidores alertaram para possibilidade de greve por tempo indeterminado a partir de setembro

Claudio Isaías

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Os funcionários dos hospitais de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e do Conceição (GHC) voltaram a realizar paralisações das atividades por 12 horas. Na manhã desta quinta-feira, a mobilização ocorreu em frente ao Hospital Conceição, onde cerca de 70 servidores permaneceram concentrados com faixas. No Clínicas, os trabalhadores ocuparam a entrada principal do hospital, na rua Ramiro Barcelos. Os servidores alertaram para a possibilidade de greve por tempo indeterminado a partir de setembro. Os atos integram a campanha salarial dos trabalhadores.

O presidente do Sindisaúde/RS, Arlindo Ritter, disse que a negociação com o sindicato patronal precisa ser retomada. “Estamos em uma campanha salarial e queremos negociar. A proposta de 3,5% é um absurdo”, explicou.

Na próxima quarta-feira, está convocada uma manifestação novamente no Hospital de Clínicas e na quinta-feira na UPA Moacyr Scliar, na zona Norte de Porto Alegre e no Hospital Fêmina, ambos integrantes do Grupo Hospital Conceição. “Caso não ocorra a negociação com sindicato dos hospitais, vamos fazer uma paralisação geral”, afirmou Ritter.

Arlindo Ritter garantiu que a intenção não é prejudicar a população com o cancelamento de consultas ou atendimentos. “Não vamos fazer isso porque a saúde já está vivendo uma situação difícil. Apenas queremos negociar e a apresentação de uma nova proposta”, acrescentou.

Os servidores pedem que os sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) e dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos (Sindiberf) melhorem as propostas de reajuste salarial. O Sindihospa ofereceu 3,5%. Já o Sindiberf não ofereceu reajuste. A campanha unificada dos trabalhadores da saúde fechou uma proposta que corresponde à reposição das perdas do período de 9,91% (INPC) somada a um aumento real de 5,09%, totalizando 15%.

O Sindihospa informa que orientou as entidades que antecipassem do reajuste a seus colaboradores em 3,5%, o que já está em vigor desde a folha de pagamento do mês de junho. A direção do Sindicato informa que há dificuldades em reposição do INPC em função da grave crise financeira enfrentada por hospitais e da falta de repasses municipais, estaduais e federais. O Sindicato ressalta ainda que paralisações das categorias profissionais pode acarretar prejuízos nos atendimentos à população e que as negociações continuam em aberto.

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