Funcionários do Hospital de Clínicas protestam por reajuste de salários

Funcionários do Hospital de Clínicas protestam por reajuste de salários

Novas mobilizações estão previstas para próxima semana e greve não está descartada

Cláudio Isaias

Funcionários realizaram manifestação no Hospital de Clínicas

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Os funcionários do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) voltaram a realizar uma paralisação das atividades que deve durar 12 horas nesta quarta-feira. O ato integra a campanha salarial dos trabalhadores A manifestação, no entanto, não prejudica o atendimento nos ambulatórios e na emergência do hospital, que permanece superlotada.

Nesta manhã, os trabalhadores ficaram concentrados na entrada principal do Clínicas, na rua Ramiro Barcelos, para mobilizar a categoria. Os servidores alertam para a possibilidade de greve por tempo indeterminado a partir de setembro.

O presidente do Sindisaúde/RS, Arlindo Ritter, disse que a negociação com o sindicato patronal precisa ser retomada. “Estamos em uma campanha salarial e queremos negociar. A proposta de 3,5% é um absurdo”, explicou.

Nesta quinta-feira, haverá uma nova mobilização no Hospital Conceição. Na próxima quarta-feira, a manifestação será feita de novo no Hospital de Clínicas e no dia seguinte na UPA Moacyr Scliar, na zona Norte de Porto Alegre e no Hospital Fêmina. “Caso não ocorra a negociação com sindicato dos hospitais, vamos fazer uma paralisação geral”, afirmou Ritter.

O presidente do Sindisaúde/RS garantiu que a intenção não é prejudicar a população com o cancelamento de consultas ou atendimentos. “Não vamos fazer isso porque a saúde já está vivendo uma situação difícil. Apenas queremos negociar e a apresentação de uma nova proposta”, acrescentou.

Os servidores pedem que os sindicatos dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) e dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos (Sindiberf) melhorem as propostas de reajuste salarial de 3,5%, pelo Sindihospa, e de 0% pelo Sindiberf. A campanha unificada dos trabalhadores da saúde fechou uma proposta que corresponde à reposição das perdas do período de 9,91% (INPC) somada a um aumento real de 5,09%, totalizando 15%.

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