Funcionários revelam que setor da Saúde vive situação de ‘caos’ na Capital
Secretário da Saúde não pretende comentar as denúncias e fala que questões envolvem ´disputa pessoal´
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Conforme a enfermeira Rosana Metrangolo, além da falta de segurança para trabalhar existe assédio coletivo contra os funcionários no Postão da Cruzeiro. “A chefia de enfermagem cortou horas extras e triplicou o número de atendimentos que estamos prestando. Com isso, o número de acidentes aumentou vertiginosamente e temos que atender mal nossos pacientes”, reconhece.
Já o socorrista do SAMU Alexandre Kuplich relatou problemas na triagem de pacientes. “A cooperativa de médicos (que presta serviços à Prefeitura) não sabe avaliar os pacientes. Uma pessoa solicitou auxílio por causa de uma torção no pé, mas o médico desligou o telefone e enviou uma ambulância. Além disso, existem enfermeiros e técnicos de enfermagem realizando partos, o que é proibido”, sustenta.
Já o presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, Thiago Duarte, salienta que existe mais de 150 leitos vagos no Hospital Parque Belém sem expectativa de abertura. O parlamentar ressaltou, ainda, que o quarto andar do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas permanece fechado.
O secretário de Saúde Carlos Henrique Casartelli disse que não quer falar sobre as denúncias no momento. O titular da pasta reiterou, porém, no programa A Cidade É Sua, que o vereador Dr. Thiago Duarte repete as denúncias por conta de uma disputa pessoal. “É uma briga pessoal que tira legitimidade. Apesar de ser servidor da Secretaria de Saúde, confunde um Pronto Atendimento com o outro”, ressaltou.
Os vereadores Thiago Duarte e Cláudio Janta pretendem abrir um CPI para investigar os problemas na saúde, mas ainda dependem de mais duas assinaturas. Segundo o presidente da Comissão de Saúde, um relatório sobre o suposto “caos” na saúde também já foi entregue ao Ministério Público.