Governo destaca estabilização na taxa de ocupação de leitos de UTI

Governo destaca estabilização na taxa de ocupação de leitos de UTI

Leite avaliou que é preciso verificar se a estabilização das internações vai se confirmar nos próximos dias

Felipe Samuel

Segundo o Palácio Piratini, a decisão sobre a criação da 21ª região pode ser confirmada após reunião com prefeitos na próxima semana

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O governador Eduardo Leite afirmou nesta quinta-feira que após um período de crescimento por demanda por leitos de Unidade de Tratamento Intensiva (UTI), o Rio Grande do Sul observa na última semana estabilização na taxa de ocupação. Ao destacar evolução dos casos de internação por conta do novo coronavírus em junho e julho, Leite avaliou que é preciso verificar se a estabilização das internações vai se confirmar nos próximos dias. Além disso, o governador informou que o Palácio Piratini avalia a criação de uma nova região para avaliação do modelo de Distanciamento Controlado - que seria classificada como Carbonífera/Costa Doce - e os resultados de uma pesquisa realizada junto a entidades de ensino sobre o retorno presencial às aulas.

Segundo o Palácio Piratini, a decisão sobre a criação da 21ª região pode ser confirmada após reunião com prefeitos na próxima semana. O governador destacou que nos últimos dias, 40 leitos de UTI foram entregues em municípios como São Jerônimo, Camaquã, Guaíba, Charqueadas. Além de garantir que está praticamente sem sintomas da Covid-19, o governador afirmou que a manutenção da ocupação de leitos de UTI no Estado se mantém abaixo de 80% e garantiu que a região de Porto Alegre, depois de apresentar crescimento 'consistente e persistente' de demanda de internações em leitos de UTI, observa estabilização nos últimos dias. "Isso é um bom indicativo, mas precisamos avaliar com cautela", assinala, acrescentando que esta semana é considerada a menos tensa do mês de julho.

A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, explica que os dados sobre a região Carbonífera/Costa Doce devem começar a ser apurados já a partir desta semana nos 19 municípios que compõem a região. "Estudamos desmembramento da Região Metropolitana, pois é uma região com características similares, de pequeno porte, que já tem organização de saúde, e dependia muito da Capital para atendimento de alta complexidade, no caso de leitos de UTI", afirma. De acordo com a secretária, a decisão deve ser confirmada a partir de decreto do governador.

Leite reforçou que a equipe de governo também vai apurar o número de pacientes internados em leitos de UTIs que não residem nos municípios. "Vamos colocar na análise do Distanciamento Controlado e fazer cálculo sobre quantos pacientes são de fora da região respectiva e quantos a região 'mandou' para fora", destaca. A ideia é verificar se existe alteração no 'saldo' dos municípios que 'mandaram' e daqueles que 'receberam' pacientes. O objetivo é apurar se, após os cálculos, os novos números impactam na decisão das bandeiras de cada região. "Via de regra não há alteração na bandeira de cada região", adverte.

Durante a coletiva, o governador lançou ainda o aplicativo Melhor Hora Nota Gaúcha, que mostra o horário com menor movimento para fazer compras nos municípios gaúchos. Desenvolvido pela Receita Estadual em parceria com a Procergs, o aplicativo pode ser baixado no site da Nota Fiscal Gaúcha. A ferramenta, que reúne dados sobre o horário de atendimento em estabelecimentos comerciais, como mercado, farmácia, padaria, permite que usuário consulte o horário com menor circulação de pessoas. De acordo com o governador, as informações são estimadas com base em dados históricos e análises estatísticas de emissão de notas fiscais. "A pessoa pode escolher horário mais adequado para evitar aglomeração e contribuir para o distanciamento social", completa.

No que diz respeito à pesquisa sobre retorno às aulas, Leite afirmou que ainda vai avaliar com a equipe de governo a melhor forma para tentar garantir a retomada do ensino presencial no Estado. De acordo com a pesquisa, que recebeu sugestões de 441 entidades da educação, a o a volta às aulas deveria obedecer a seguinte ordem: ensino médio/ técnico; fundamental; superior e educação infantil.


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