Governo explica ações contra incêndios na Amazônia e pede apoio dos Estados

Governo explica ações contra incêndios na Amazônia e pede apoio dos Estados

Operação será concentrada onde há um maior número de queimadas

Correio do Povo e R7

Governo usa aviões para combater incêndios na Amazônia

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Em entrevista coletiva na manhã deste sábado, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo da Silva, e o chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas, tenente-brigadeiro do Ar Raul Botelho, explicaram algumas das ações do governo federal para combater os incêndios na Amazônia. A conferência foi precedida de uma reunião. 

Em sua explanação inicial, Salles pediu apoio dos governos estaduais para um combate mais efetivo às queimadas na região. "Pedimos aos estados para que nos apoiem nas ações de fiscalização e controle. Não é possível desenvolver atividades de fiscalização sem apoio estadual", destacou. O ministro destacou que Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins já solicitaram o apoio do Exército. A Garantia da Lei e da Ordem (GLO) tem duração de um mês a partir deste sábado. 

Botelho, por sua vez, destacou que ação será concentrada onde há um maior número de queimadas. Em Porto Velho, Rondônia, duas aeronaves C-130, com capacidade de combate a incêndio de 12 mil litros de água, já estão atuando. 

De acordo com o ministro da Defesa, o efetivo em Rondônia conta com cerca de 700 homens que podem ser deslocados para missões de combate na região. Um helicóptero do Ibama está em deslocamento para área para auxiliar nas operações. No total, um efetivo de 44 mil homens podem ser deslocados para a região atingida pelos incêndios, caso exista necessidade.   

O ministro da Defesa disse que há um total contingenciado, previso em lei orçamentária, de R$ 28 milhões para todo o ano. Segundo ele, são recursos emergenciais que vem sendo negociados com o ministro da Economia Paulo Guedes.

Azevedo e Silva afirmou que toda ajuda internacional "é bem-vinda". Em relação a uma eventual atuação do presidente americano, Donald Trump, Azevedo Silva disse que houve apenas um contato telefônico. “A ajuda americana está só na intenção, apenas uma ligação do presidente Trump para (Jair) Bolsonaro.”

Em relação à repercussão internacional que o tema vem despertando, inclusive como objeto de discussão na Cúpula do G7, Salles disse que as medidas já foram tomadas. “Há dois caminhos: mostrar através de ações a resposta para a sociedade brasileira e internacional e a necessidade de informação diante das desinformações.”

Questionado sobre como seria realizado o combate às atividades ilegais de fazendeiros, Salles disse que “a persecução penal é feita pela autoridade estadual”, por meio das polícias civil e militar.

Em relação ao aumento no número de queimadas, Salles citou fatores ambientais. " O que estamos verificando é um aumento dos crimes de 2012 para cá", disse ele, além de falar de um último ano mais quente e seco – o que justificaria uma medida excepcional como a GLO. 

Bolsonaro

Enquanto a coletiva se desenrolava, o presidente Jair Bolsonaro postou no Twitter um vídeo de uma entrevista do General Eduardo Villas Boas, concedida ao jornalista Pedro Bial em setembro de 2017. No post, escreveu que "dói na alma ver brasileiros não enxergando a campanha fabricada contra a nossa soberania na região".


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