Greve de rodoviários da Carris tem adesão menor do que o esperado em Porto Alegre

Greve de rodoviários da Carris tem adesão menor do que o esperado em Porto Alegre

Prefeitura acionou outras empresas para suprir ausência de linhas

Eduardo Andrejew

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As primeiras horas da greve iniciada pelos rodoviários da Carris nesta sexta-feira em Porto Alegre, em protesto pelo projeto de privatização da empresa, tiveram uma adesão menor do que o esperado. Apesar da intenção de uma paralisação geral, o Tribunal Regional do Trabalho determinou a circulação de 65% da frota de ônibus, o que impediu uma mobilização maior. 

A exemplo do que fizeram ontem, os rodoviários começaram a mobilização ainda na madrugada, em frente à sede da Carris, na rua Albion, na zona Leste da Capital. Ainda assim, a empresa conseguiu colocar diversos coletivos nas ruas a partir de um portão lateral do pátio da empresa, que fica na avenida Ceres. A Brigada Militar (BM) ofereceu proteção, impedindo a aproximação de manifestantes. Trecho onde fica a entrada principal da companhia foi isolado.

 

Além disso, a prefeitura acionou as empresas privadas para suprir a ausência de linhas gerada pela paralisação. O Consórcio Sul assumiu as linhas T3, T11, T12 e T12A. O Consórcio Leste ficou com as linhas T6, T9 e 343. Consórcio MOB está com as linhas T4, T1 e T7. Seguem com a Carris as linhas C1, C2, C3, 353, D43, T2, T2A, T2A1, T8, T10, T13, V375 e T5.

 

 

Depois da concentração na sede da empresa, os rodoviários iniciaram uma caminhada pela avenida Bento Gonçalves. Esta segunda parte da manifestação é acompanhada pela Brigada Militar, que procura deixar apenas o corredor de ônibus para o trajeto dos servidores. Na parada que fica próxima à igreja São Jorge, a categoria pretende distribuir panfletos sobre o protesto. 

 

O estado de greve por tempo indeterminado, definido a partir de duas assembleias realizadas em turnos diferentes dessa quinta-feira, tem a intenção de fazer com que o prefeito Sebastião Melo retire da pauta da Câmara de Vereadores a proposta de desestatização da Carris. Melo, no entanto, permanece irredutível e defende que o projeto faz parte do pacote de reestruturação do transporte público de Porto Alegre. 

As manifestações dos rodoviários da Carris ocorrem em um contexto de derrota parcial para a classe, uma vez que o projeto que prevê a extinção gradual da função de cobrador foi aprovado no Legislativo da cidade nesta semana. 

 


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