Greve do INSS tem grande adesão no Rio Grande do Sul

Greve do INSS tem grande adesão no Rio Grande do Sul

Paralisação é uma resposta negativa à proposta de reajuste oferecida pelo governo federal

Mauren Xavier

Paralisação é uma resposta negativa à proposta de reajuste oferecida pelo governo federal

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Quem buscou alguma das unidades do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Porto Alegre na manhã desta terça-feira enfrentou dificuldades e se deparou com a falta de informações. Hoje foi o primeiro dia da greve dos servidores do INSS. A mobilização é por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no RS (Sindisprev/RS), que representa a categoria, a adesão foi entorno de 80% e 90% no Rio Grande do Sul. A gerência do INSS confirmou que a força do movimento foi grande. Porém, disse que as perícias agendadas foram realizadas, uma vez que os médicos não aderiram ao movimento.

No balanço inicial, a paralisação atingiu totalmente as agências da zona Sul, da Azenha, Partenon 1, além das unidades de Viamão e Alvorada. O atendimento foi prejudicado parcialmente nas agências Centro, Partenon 2, Petrópolis e Zona Norte. Moradora de Alvorada, Maria Helena Albrusi, buscou a agência no Centro para pegar um documento, em função de uma cirurgia que precisa fazer. Porém, ao chegar ao local foi apenas aconselhada a retornar em outro dia. “É um absurdo. Quando mais precisamos, acabamos sem informações e sem saber o que fazer”, comentou ela, ao deixar a agência. A mesma reação teve a estudante de história Karen Falcão, que buscou a unidade para pegar um documento que precisa apresentar na universidade. “Sem o documento corro o risco de perder o ProUni”, lamentou.

Apesar da chuva e das baixas temperaturas, um grupo de grevistas se reuniu em frente à sede principal do INSS, na Leonardo Truda, no centro de Porto Alegre. Eles ficaram concentrados, onde conversaram com a população e fizeram uma espécia de vígilia. No final da manhã decidiram sair em caminhada até a sede administrativa, na rua Jerônimo Coelho, onde permaneceram por cerca de meia hora, bloqueando o trânsito.

A paralisação é uma resposta negativa à proposta de reajuste oferecida pelo governo federal. Enquanto que os trabalhadores querem reajuste de 27%, o governo acenou com o aumento de 21,3% parcelado até 2019. Os servidores também querem a realização de concurso público, para a recuperação do quadro funcional, e a redução da carga horária.

De acordo com o diretor do Sindisprev/RS, Tiago Manfroi, há expectativa de que o governo federal sinalize com uma proposta melhor. Enquanto isso o movimento se manterá. “A ideia não é prejudicar os assegurados, mas mostrar a nosso insatisfação”, afirmou. 

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