Greve esvazia o Centro Histórico na manhã de sexta
Maior parte das lojas e agências bancárias não abriram ou funcionaram de forma diferenciada
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De acordo com o Sindilojas Porto Alegre, até o início da tarde de sexta-feira 75% das lojas registravam queda no movimento considerado normal para uma sexta-feira. A baixa circulação de consumidores havia gerado uma redução de 69% no faturamento do dia. O Sindicato entrevistou lojistas e verificou que cerca de 60% das lojas registraram falta de funcionários devido às paralisações e 50% tiveram atrasos.
As 8h50min, muitos estabelecimentos comerciais fechados, alguns abertos e outros abrindo no Centro Histórico pic.twitter.com/G9cr6IHR7n — Correio do Povo (@agora_CP) 28 de abril de 2017
O dia atípico podia ser notado até mesmo na Praça da Alfândega, geralmente um dos pontos de maior movimento de pedestres. Se comparado com os outros dias, pode-se dizer que havia poucas pessoas, caminhando em velocidade mais rápida. O motivo da pressa era a falta de ônibus, que fez com que muitos trabalhadores que não estavam em greve se atrasassem para o trabalho.
Um deles era Luís Fernando Santana, que trabalha em uma empresa financeira. Ele precisou pegar uma carona para conseguir chegar a tempo do expediente e disse que o movimento baixo no Centro era muito diferente do que ele está acostumado a ver.
Lojistas fecham o comércio durante manifestação. Representantes do Simpa explicam o motivo do protesto @RdGuaibaOficial pic.twitter.com/Jybkn4xrNx — Guilherme Kepler (@GuilhermeKepler) 28 de abril de 2017
Quem também sentiu a greve foram as pessoas que utilizam as ruas como forma de trabalho. O pintor Paulo Lopes da Silva disse que cogitou a não vir para o seu ponto na Praça da Alfândega no dia de ontem, mas acabou indo trabalhar devido ao funcionamento das lotações. Há 27 anos trabalhando no local, ele comentou que este foi um dos dias com menos pessoas e, por consequência, clientes no Centro.
A maioria das lojas da região central estavam fechadas. A única exceção eram as farmácias, todas abertas. Com os bancos, a situação era diferente. A maioria das agências oferecia apenas o serviço de caixa eletrônico para quem tentava entrar nos locais.
No Banrisul, antes das 9h, um grupo de quatro pessoas aguardava para saber se serviços com atendentes estariam disponíveis. “Acho que, pelo menos, um funcionário tem que ter”, torcia a aposentada Ana Rosa Marques. E ela conseguiu, pois o banco disponibilizou o atendimento apenas para aposentados.
Funcionário do setor de crédito rural do Banrisul, Helton Luís da Silva disse que trabalharia normalmente ontem, mas que muitos servidores que não aderirem à greve optaram por tirar folga ontem. “Eu estou acostumado com o Centro é hoje não tem 10% do movimento”, comentou.