Homem que morreu ao ser atingido por raio é sepultado em Gravataí

Homem que morreu ao ser atingido por raio é sepultado em Gravataí

Valdenir Massaia tinha 27 anos e participava de uma partida de futebol amador no momento do acidente

Christian Bueller

Valdenir Massaia morreu durante jogo de futebol em Gravataí

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Foi sepultado nesta manhã Valdenir Massaia, 27 anos, que morreu após um raio atingir um campo de futebol amador em Gravataí, ontem. Conhecido como Magrão, ele era zagueiro da equipe do Rosário Central, que jogava uma partida amistosa contra o Tarumã, de Viamão. O velório e o enterro ocorreram no Cemitério Parque Jardim Celestial, no bairro Rincão da Madalena, em Gravataí.

Ao todo, quinze pessoas ficaram feridas em decorrência do incidente e foram encaminhadas ao Hospital Dom João Becker, já liberadas. “Inexplicável”. De forma lacônica, o irmão mais velho de Magrão, Valdair, tentava entender o que aconteceu com o caçula, a quem era muito ligado. “Um cara muito simples, de bem com a vida e muito família. Tu estás em casa e, de repente, recebe uma ligação que acaba com a tua vida”, disse Valdair, 35 anos. Um dos feridos do incidente com o raio era companheiro de zaga de Magrão no Rosário Central e colega de serviço, como auxiliar de produção. Tiago Cavalheiro, 33 anos, se feriu quando caiu no chão. “Não consigo falar direito. Ele estava do meu lado. Nem percebi o estrondo. Quando acordei, já tinha acontecido”, narrou o amigo de Valdenir.

Segundo o presidente do Rosário, Felipe Sabino, as atividades do time estão suspensas até segunda ordem. “Vamos parar por tempo indeterminado. Não caiu a ficha ainda”, revelou, lembrando que estava sentado no banco de reservas quando ocorreu o raio. “Eu estava no banco, de costas para o campo, conversando. Ouvi o estouro e olhei para trás, deu clarão. A maioria dos jogadores ficou caída no chão, com cinco ou seis de pé apenas”, declarou o presidente do Rosário Central. Um dos jogadores que ficaram de pé mesmo com o raio, Alan Henrique Cabral, 17 anos, teve uma impressão bastante forte ao ver os jogadores caídos. “Pareciam que estavam todos mortos”, frisou.

O raio atingiu o campo Arena Oriçó, no bairro Rincão da Madalena, pouco mais das 9h, com cerca de cinco minutos de partida. Magrão trabalhava como operador de máquina e estava em seu primeiro ano no time, formado, em sua maioria, por amigos que moram na região da parada 66, na cidade. Ele deixa esposa e uma filha, que completa um ano de idade em novembro.


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