Hospitais de Porto Alegre registram superlotação nas emergências

Hospitais de Porto Alegre registram superlotação nas emergências

Clínicas atende 159 adultos, mas tem espaço para 49 leitos

Correio do Povo

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Pelo menos seis hospitais de Porto Alegre registram superlotação nas emergências nesta sexta-feira. Umas das situações mais críticas ocorre no Hospital de Clínicas, onde a pediatria atende 26 crianças em um espaço para nove. De acordo com a assessoria de imprensa, 159 adultos recebem atendimento e o complexo conta com 49 leitos.

No Hospital São Lucas, a situação não é diferente. A ala pediátrica tem espaço para 6 leitos, mas atendia 19 crianças nesta manhã. Na emergência adulta, 38 pessoas recebem assistência e o hospital só tem espaço para 13 camas.

O Grupo Hospitalar Conceição informou que a pediátria atende 21 crianças, mas conta com 14 leitos. Oitenta e sete adultos estão na emergência e o hospital poderia atender 50 pessoas.

A Santa Casa também registra superlotação tanto no Dom Vicente Scherer quanto no Santa Clara. Ambos realizam apenas o atendimento de adultos. O primeiro cuida de 16 pessoas, mas trabalha com espaço para 10 leitos. O segundo tem 20 pacientes e lugar para 12. 

No Hospital da Criança Santo Antônio, há superlotação inclusive nos atendimentos de convênios. O complexo atende 12 pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e tem espaço destinado a 13. Na outra ala da pediatria, o hospital tem 11 crianças num espaço destinado a oito.

Divergência sobre superlotação

A administração do Conceição e a secretaria municipal de Saúde de Porto Alegre divergem sobre as causas da superlotação dos hospitais. Os casos de pais revoltados depois da espera de quase nove horas para que os filhos fossem atendidos na instituição e o de uma jovem de 18 anos que quebrou a pedradas um vidro do Hospital de Caridade de Viamão, na terça-feira, reascenderam a polômica dobre a falta de estrutura nos hospitais.

Conforme o gerente de internação do Hospital da Criança Conceição, médico Lauro Hagmann, a superlotação na instituição é causada pela deficiência no atendimento nos postos de saúde. Ele afirma que em mais de 95% dos casos, a população poderia procurar as unidades básicas e não um hospital.

O secretário municipal de Saúde de Porto Alegre, Marcelo Bósio, rebate a opinião de Hagmann. Ele afirma que os postos de saúde atendem normalmente e que o aumento da demanda, tanto nas emergências quanto nos postos, é causado pelo período de mudanças climáticas.

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